tag:blogger.com,1999:blog-21002395412630764162024-03-19T11:09:43.233+00:00BLOG DO ROCHA“Zelo zelatus sum pro Domino Deo Exercituum” 1 Reis 19,10Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-42365439989582024042015-07-17T04:26:00.000+01:002015-07-17T04:46:38.454+01:00O Papa Francisco, a Doutrina Social da Igreja e a mídia ideológica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkBxETs2Be1vV6uyScjS_9XBgUhnZuvDu5tqWdyz_grqRmSYfWwiNkY91URWfH_AzhSKNMzZHF2mSZmiBfIgkw7B0a4oYfQ2IPAhINTlTh0qnB0sInfy3KgebdU8N4im0NM8dYu6W7EzM/s1600/papa-rezando--644x362.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkBxETs2Be1vV6uyScjS_9XBgUhnZuvDu5tqWdyz_grqRmSYfWwiNkY91URWfH_AzhSKNMzZHF2mSZmiBfIgkw7B0a4oYfQ2IPAhINTlTh0qnB0sInfy3KgebdU8N4im0NM8dYu6W7EzM/s320/papa-rezando--644x362.jpg" width="320" /></a></div>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Não se trata de
uma Verdade incontestável o que direi aqui, uma vez que política, teológica e
filosoficamente falando, nem sou capacitado pra isso, mas darei minha opinião
de Católico que admira e tem um amor filial ao Santo Padre.</span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Logo que o Papa
Francisco foi eleito e começou a falar algumas coisas que fez com que a grande
mídia demonstrasse uma grande admiração por ele, eu dizia no meio católico que
ia chegar um momento em que eles o iriam odiar! Esse tempo chegou, mas não foi
agora e nem foi para um grupo! <o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Jornalistas da
esquerda que acha que tudo é política partidária, tentam mostrar o Papa como um
outro Che Guevara (sem fuzil), jornalistas da direita que também acha que tudo
é política partidária, acusam o Papa! Mas importante notar que ambos só usam o
discurso do Papa para aquilo que lhe convém: Quando o Papa se manifesta contra
a ideologia de gênero e contra o aborto, o jornalista da esquerda finge que não
viu ou diz que não se pode esperar muito de Francisco, afinal de contas ele é
um Papa, enquanto jornalistas da direita comemora e finge que ama o Papa...<o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">O que acontece é
que ambos tentam ideologizar o discurso papal! Para entender Francisco, é
preciso antes de tudo, deixar as ideologias de lado e olhar para a DOUTRINA
SOCIAL DA IGREJA, essa Igreja que olha para o Pobre, para os Pequeninos, para os
Sofredores, sem pretensões político-partidárias ou ideológicas. <o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">No Paraguai, o
Papa fez com que recordássemos da Parábola do Filho Pródigo, onde o pai
esperava o filho que errou, que gastou todos os seus bens, o pai que nem queria
saber o que o filho fez, mas estava ali esperando a sua volta, e nos mostrou
que essa “é a figura de Deus, que sempre nos espera”, enquanto o outro filho,
que permaneceu com o pai, ou seja, permaneceu no caminho reto, se irrita e não
aceita participar daquela festa, por não achar justo receber com festa quem
sempre errou... e o Papa ilustra as palavras do filho dizendo: “eu não me junto
com essa gente; eu me comportei bem; eu tenho uma grande cultura, estudei em tal
universidade, tenho esta família e esta linhagem nobre...” e nos diz que não
devemos excluir ninguém, mas termos um olhar de Misericórdia. <o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Olhar para o
Pobre, amar, acolher, são princípios fundamentais do Cristianismo, sempre
pregados pela Santa Igreja, porém, muitas vezes não praticados por nós os seus
filhos cheios de pecados! A história nos mostra a ação misericordiosa de Deus
em sua Igreja, através de seus inúmeros santos e obras de caridade espalhadas
em todo o mundo, ainda na atualidade. Isso
demonstra claramente que antes de qualquer ideologia moderna, a pregação e o
cuidado para com os pobres, sempre foi uma preocupação da Igreja, que entende
cuidar do próprio Cristo quando cuida da pessoa necessitada.<o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 150%;">Nesse
sentido, as palavras do Papa no <a href="http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/july/documents/papa-francesco_20150711_paraguay-societa-civile.html" target="_blank">Encontro com os Representantes da Sociedade Civil</a>, no Paraguai, são muito claras, quando diz que a forma como
vemos os pobres, é fundamental para a sua promoção. Vejamos: <o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 115%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 115%;">Não serve uma visão ideológica, que acaba por usar
os pobres ao serviço de outros interesses políticos ou pessoais. As ideologias
terminam mal, não servem. As ideologias têm uma relação incompleta, enferma ou
ruim com o povo. As ideologias não assumem o povo. Por isso, observem o século
passado. Como terminaram as ideologias? Em ditaduras, sempre. Pensam pelo povo,
mas não deixam o povo pensar. [...] Nós, cristãos, além do mais, temos outro
motivo, e maior, para amar e servir os pobres, pois neles, temos o rosto, vemos
o rosto e carne de Cristo, que Se fez pobre para nos enriquecer com a sua
pobreza. Os pobres são a carne de Cristo. Gosto de perguntar, quando confesso
os penitentes: ‘E tu ajudas as pessoas?’. ‘Sim, dou esmolas’. ‘E, diz-me,
quando dás esmola, tocas na mão daquele para quem dás a esmola, ou lhe deitas a
moeda e os desprezas?’. São atitudes. ‘Quando tu dás esta esmola, fixas o olhar
na pessoa, ou olhas para o outro lado?’. Isto significa desprezar o pobre. Os pobres.
Pensemos bem. Ele é alguém como eu e, se está passando por um momento ruim, por
milhares de motivos – econômicos, políticos sociais ou pessoais – eu poderia
estar naquele lugar e poderia estar desejando que alguém me ajudasse. E além de
desejar que alguém me ajudasse, se estou naquele lugar, tenho o direito de ser
respeitado. Respeitar o pobre. Não usá-lo como objeto para lavar as nossas
culpas. Aprender dos pobres, com aquilo que dizem, com as coisas que têm, com
os valores que eles têm. E nós cristãos temos esta motivação: os pobres são a
carne de Jesus.<o:p></o:p></span></h3>
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-weight: normal;">Dizer que isso é
pregação de esquerda ou de direita, é não respeitar a inteligência e
perspicácia do Santo Padre e do bom entendedor! A preocupação com os pobres
sempre estivera presente na pregação da Igreja. Vemos isso em sua história
recente, a partir da </span><i><a href="http://w2.vatican.va/content/leo-xiii/pt/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum.html" target="_blank">Rerum Novarum</a></i><span style="font-weight: normal;">, de Pio XIII que criticava a situação de miséria e pobreza dos trabalhadores. Assim
como ele, Francisco nesse mesmo discurso, critica a criação de riqueza, se esta
não tiver como fim, o bem comum:<o:p></o:p></span></span></h3>
<h3 style="line-height: 115%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">Num país, é certamente muito necessário o crescimento econômico e a
criação de riqueza e que esta chegue a todos os cidadãos, sem ninguém ficar
excluído. E isto é necessário. Mas a criação desta riqueza deve estar sempre em
função do bem comum, de todos, e não de poucos. Nisto, devemos ser muito
claros. ‘A adoração do antigo bezerro de ouro’ (<i>Ex 32,1-35</i>) encontrou uma nova e cruel versão no fetichismo do
dinheiro e na ditadura duma economia sem rosto. As pessoas, cuja vocação é
contribuir para o desenvolvimento econômico, tem a obrigação de velar para que
este tenha sempre rosto humano. O desenvolvimento econômico deve ter o rosto
humano. Digamos não à uma economia sem rosto! Nas suas mãos, está a
possibilidade de oferecer emprego a muitas pessoas e, deste modo, dar esperança
a muitas famílias. Trazer o pão para casa, oferecer aos filhos um teto,
oferecer saúde e educação são aspectos essenciais da dignidade humana, e os
empresários, os políticos, os economistas devem deixar-se interpelar por isso. Peço-vos
que não cedais a um modelo econômico idólatra que exige sacrificar vidas
humanas no altar do dinheiro e do lucro. Na economia, na empresa, na política,
sempre vem em primeiro lugar a pessoa...<o:p></o:p></span></h3>
<br />
<h3 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Concluo
observando que a mídia e os ideólogos de um lado e de outro erram ao tentarem
colocar Francisco em sua forma, basta verificar que ele criticou no mesmo
discurso no Paraguai, as ideologias de esquerda, sem ser de direita, e o
capitalismo selvagem sem ser de esquerda, mas apenas sendo líder da Igreja Católica,
praticando o Cristianismo.</span></h3>
Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-81629234964745459942014-10-28T17:29:00.000+00:002014-10-28T17:50:10.429+00:00PORTUGAL - CABO DA ROCA & PRAIA DA URSA<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Um lugar onde todos devem ir, ao vir em
Portugal, é a belíssima e romântica região de Sintra. Ali, além de todos os
castelos, o romantismo que paira sobre a cidade, existem as belezas naturais da
costa do continente europeu e o seu encontro com o Atlântico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Dois lugares onde sua visita é indispensável é
o CABO DA ROCA e a PRAIA DA URSA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Do CABO DA ROCA, Luis de Camões escreveu:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Eis aqui, quase cume da cabeça<br />De Europa toda, o reino Lusitano,<br />Onde a Terra se acaba, e o mar começa<br />Esta é a ditosa Pátria, minha amada.</span></blockquote>
</blockquote>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1fNhZrxf6RF1XSZuWLwSrr_c-_02d5w4W0XshyphenhyphenZlozwICk6F9SJL2W0MpSJvJyNAf8oY59G6KHGqGmN9RqyQsWnmiqwPw_8zebksn3mI3w-c_tzqtAZB4tZIvrgErdSXj5JhDyHzpFNU/s1600/IMG_3581.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1fNhZrxf6RF1XSZuWLwSrr_c-_02d5w4W0XshyphenhyphenZlozwICk6F9SJL2W0MpSJvJyNAf8oY59G6KHGqGmN9RqyQsWnmiqwPw_8zebksn3mI3w-c_tzqtAZB4tZIvrgErdSXj5JhDyHzpFNU/s1600/IMG_3581.JPG" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZdD8JnyiK3x-g4ziYI_RW64X44jvjv6nA8sUlEYzaoY2IQUDj20o8N7FKqyAqlmq7tlr_6VUTKPotF0fdSUJWJpwP9LU2rCwDygJOBmGL8nGgbl0lgDRNC-VhNpOskB4uXTDP1E0e5is/s1600/IMG_3613.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZdD8JnyiK3x-g4ziYI_RW64X44jvjv6nA8sUlEYzaoY2IQUDj20o8N7FKqyAqlmq7tlr_6VUTKPotF0fdSUJWJpwP9LU2rCwDygJOBmGL8nGgbl0lgDRNC-VhNpOskB4uXTDP1E0e5is/s1600/IMG_3613.JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A Praia da Ursa, fica a cerca de 1km do Cabo da Roca. Para chegar a praia, é preciso descer uma íngreme montanha de pedras. Precisa ter disposição e muita vontade. Vale a pena todo o esforço utilizado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sugiro que use tênis confortável e leve água. Você vai precisar no caminho! E se tiver problemas com pessoas nuas, é melhor não ir... Embora não se trata de uma praia de nudismo, sempre tem algumas poucas pessoas tomando banho ou se bronzeando, do jeito que vieram ao mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A região é exótica em sua beleza natural, e garanto que todo o cansaço valerá a pena!</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis2xBkTEABy-K4eYRM7diVC1V5GVYGp46dTmIZ1lJZNZJST7jGtAseV9f-3p_vowZ05Tjo-pW2zGJE4j2g3EF7wFQL_cWthp4p7JxbQ7etKJ4s6GFzs6iOKOsY2fUgQCCVOkLeocW8IuY/s1600/_MG_3667.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis2xBkTEABy-K4eYRM7diVC1V5GVYGp46dTmIZ1lJZNZJST7jGtAseV9f-3p_vowZ05Tjo-pW2zGJE4j2g3EF7wFQL_cWthp4p7JxbQ7etKJ4s6GFzs6iOKOsY2fUgQCCVOkLeocW8IuY/s1600/_MG_3667.JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuX9OxXJzZ_dtzWEUS1HmAuYFAV3HLxpOSxu2SYqX2B9Vwbqxz0H9HSSwUIa7-FdXP1dtfBv8TaO1PMVXPeykAQ0psJnGWDlCFAzygWqj8BcCqMhSmkpC5hgSCEes2WJZCbfWABNM5ycM/s1600/_MG_3672.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuX9OxXJzZ_dtzWEUS1HmAuYFAV3HLxpOSxu2SYqX2B9Vwbqxz0H9HSSwUIa7-FdXP1dtfBv8TaO1PMVXPeykAQ0psJnGWDlCFAzygWqj8BcCqMhSmkpC5hgSCEes2WJZCbfWABNM5ycM/s1600/_MG_3672.JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL1AmTcQw-X-idWJLGc8BznHQ3kEd_uUgFjUZXraDDKvnl39giMxH1Cne8wMiA15J6FedtsvzHnThWjjHOc6pYvOw-1U1Y8E_V9NUyjA1hs_eZ8nwhj7B3-pHm0j9sZ283DlfcxVmCpoc/s1600/ursa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL1AmTcQw-X-idWJLGc8BznHQ3kEd_uUgFjUZXraDDKvnl39giMxH1Cne8wMiA15J6FedtsvzHnThWjjHOc6pYvOw-1U1Y8E_V9NUyjA1hs_eZ8nwhj7B3-pHm0j9sZ283DlfcxVmCpoc/s1600/ursa.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Vídeo</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/qgJ97R8nF-Q?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">____________________________________</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>COMO CHEGAR e QUANTO CUSTA</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
- Na Estação Entrecampos em Lisboa, pegue o comboio para Sintra. A passagem até Sintra é muito barata. Atualmente (out/2014) está apenas <span style="text-align: -webkit-center;">€2,15</span> (dois euros e quinze cêntimos).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
- Ao chegar na Estação de Sintra, saia da estação e pegue o autocarro da linha 403. Você pode pagar <span lang="PT-BR" style="text-align: justify;"><span style="text-align: -webkit-center;">€4,00 (quatro euros) ou se for cedo, comprar o bilhete de turismo por </span></span><span style="text-align: -webkit-center;">€12,00 para usar o autocarro em toda a região de Sintra, durante o dia todo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0Portugal38.790385838486856 -9.492530822753906238.788838838486853 -9.4950523227539065 38.791932838486858 -9.490009322753906tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-56623075986110663412013-10-15T05:17:00.000+01:002013-10-15T05:17:12.981+01:00Fé e razão: Bento XVI responde a um cientista ateu<strong style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="color: #333333;">Por </span><a href="http://lesalonbeige.blogs.com/my_weblog/2013/09/foi-et-raison-beno%C3%AEt-xvi-r%C3%A9pond-%C3%A0-un-scientifique-ath%C3%A9e.html" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Le Salon Beige</a><span style="color: #333333;"> | Tradução: </span><a href="http://fratresinunum.com/2013/10/14/fe-e-razao-bento-xvi-responde-a-um-cientista-ateu/" target="_blank"><span style="color: black;">Fratres in Unum.com</span></a><span style="color: #333333;"> </span></strong><span style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; text-align: justify;">- Bento XVI escreveu em 30 de agosto uma carta de 11 páginas ao matemático ateu </span><a href="http://odifreddi.blogautore.repubblica.it/2013/09/24/il-postino-del-papa-suona-due-volte/?ref=HRER2-1" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify; text-decoration: none;" target="_blank">Piergiorgio Oddifreddi</a><span style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; text-align: justify;">, em resposta a um ensaio provocador que este ultimo havia publicado no início do ano ainda antes da renúncia do Sumo Pontífice. Oddifreddi escreveu</span><span style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; text-align: justify;">:</span><blockquote style="background-image: url(http://s1.wp.com/wp-content/themes/pub/under-the-influence/images/quote.png); background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #666666; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; margin: 15px 30px 0px 10px; min-height: 30px; padding: 0px 0px 0px 40px;">
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
“[...] Uma resposta surpreendente, que de fato me surpreendeu por duas razões. Inicialmente,<b style="margin: 0px; padding: 0px;">porque o papa leu um livro que desde a capa se apresentava como uma “introdução luciferina ao ateísmo”</b>. Depois, porque ele se propôs a comentá-lo e discutir a respeito.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<img alt="Papa Bento XVI" class="alignleft size-medium wp-image-28278" src="http://fratresinunum.files.wordpress.com/2013/10/papa-bento-xvi.jpg?w=217&h=300" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); display: inline; float: left; height: auto; margin: 2px 10px 2px 0px; max-width: 100%; padding: 2px;" />Aliás, não foi por acaso que eu havia endereçado minha carta aberta a Ratzinger. Depois da leitura de sua “Introdução ao Cristianismo” [...],<b style="margin: 0px; padding: 0px;"> eu compreendi que a Fé e a doutrina de Bento XVI, diferentemente das dos outros, eram suficientemente coerentes e aguerridas para estar em medida de afrontar muito bem ataques diretos</b>. Um diálogo com ele, ainda que imaginado à distância, poderia, pois, confirmar-se estimulante e nada banal, algo para afrontar com cabeça erguida.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Escrevendo meu livro como um comentário ao seu, <b style="margin: 0px; padding: 0px;">eu tentei encorajar a possibilidade, ainda que distante, de que um dia o destinatário poderia de fato a receber. Eu havia pois baixado os tons sarcásticos de outros ensaios, escolhendo um estilo de permuta entre professores “em igualdade”</b>, obviamente em sentido acadêmico do termo. Eu havia acentuado os argumentos intelectuais sobre os quais eu esperava atrair sua atenção, sem renunciar a atacar de frente os problemas internos da fé e suas relações exteriores com a ciência.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Meu foco não foi falseado, já que atingiu sua meta: que obviamente não era de tentar “converter o papa”, mas de expor honestamente as perplexidades, e às vezes incredulidade, de um matemático sobre a fé. Do mesmo modo a carta de Bento XVI não procura “converter o ateu”, mas lhe remete honestamente a perplexidade simétrica, e às vezes incredulidade, de um cristão muito especial sobre o ateísmo.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;">O resultado é um dialogo entre a fé e a razão que, como o assinala Bento XVI, permitiu a ambos um confronto franco, por vezes duro, no espírito dessa corte de Gentios que ele mesmo havia sugerido em 2009</b>. Se eu esperei algumas semanas para tornar pública sua participação no diálogo, é porque eu queria estar certo de que ele não desejava mantê-la privada.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Já que recebi a confirmação, eu lhes adianto aqui uma parte da sua carta, que é deveras longa e detalhada para ser reproduzida na sua inteireza, sobremodo no preâmbulo filosófico. Ela estará em breve numa nova versão do meu livro, despojada das partes em que ele preferiu não se delongar, mas enriquecido de uma nota para incluir a descrição do início e desenrolar do que parece ser um exemplo único na história da Igreja: um diálogo entre um papa teólogo e um matemático ateu. Opostos em quase tudo, mas unidos em torno de um único objetivo: a busca da Verdade com letra maiúscula.”</div>
</blockquote>
<div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="http://fr.radiovaticana.va/news/2013/09/24/beno%C3%AEt_xvi_r%C3%A9pond_%C3%A0_piergiorgio_odifreddi/fr1-731365" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Excertos da carta de Bento XVI</a><span style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: underline;"><a href="http://fr.radiovaticana.va/news/2013/09/24/beno%C3%AEt_xvi_r%C3%A9pond_%C3%A0_piergiorgio_odifreddi/fr1-731365" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"> a Odifreddi publicadas no quotidiano La Reppublica</a>:</span></div>
<blockquote style="background-image: url(http://s1.wp.com/wp-content/themes/pub/under-the-influence/images/quote.png); background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #666666; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19.1875px; margin: 15px 30px 0px 10px; min-height: 30px; padding: 0px 0px 0px 40px;">
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
“Professor Oddifreddi, (…) eu quereria agradecer-lhe por ter buscado, até nos detalhes, confrontar-se ao meu livro e assim a minha fé; em grande parte é bem isso que eu descrevera em meu discurso à Cúria Romana na ocasião do Natal 2009. Eu devo igualmente agradecer-lhe pela fidelidade com a qual o senhor tratou meu texto, procurando sinceramente fazer-lhe justiça. Meu julgamento a respeito do seu livro é de que ele é um tanto contraditório. Eu li certas partes com prazer e proveito. Em outras partes, porém, eu me surpreendi com certa agressividade e ousadia na argumentação. (…)</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Por várias vezes, o senhor me fez notar que a teologia seria uma espécie de ciência-ficção. Por outro lado e curiosamente, o senhor reteve meu livro como digno de discussão tão detalhada. Permita-me, pois, indicar-lhe quatro pontos relativos a tal questão:</div>
<ol style="margin: 0px 0px 0px 5px; padding: 0px 0px 0px 15px; text-align: justify;">
<li style="list-style: decimal outside; margin: 0px; padding: 0px;">É correto afirmar que a “ciência” no sentido mais estrito do termo, seriam somente as matemáticas, mas o senhor me aponta uma oportuna distinção suplementar entre aritmética e geometria. Em todas essas matérias científicas, os métodos científicos têm suas próprias formas segundo a particularidade de seu objeto. Assim, o essencial é aplicar o método verificável, excluir o arbitrário e garantir a racionalidade nas diferentes modalidades respectivas.</li>
<li style="list-style: decimal outside; margin: 0px; padding: 0px;">O senhor deveria ao menos reconhecer que, no domínio da história e do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duráveis.</li>
<li style="list-style: decimal outside; margin: 0px; padding: 0px;">Uma função importante da teologia é a de manter a religião ligada à razão e a razão à religião. Estas duas funções são de uma importância essencial para a humanidade. Em meu diálogo com Habermas, <b style="margin: 0px; padding: 0px;">eu demonstrei que existem patologias da religião e – não menos perigosas – patologias da razão. Ambas precisam uma da outra e mantê-las constantemente conectadas é um dever importante da teologia</b>.</li>
<li style="list-style: decimal outside; margin: 0px; padding: 0px;">Entretanto, a ciência-ficção existe no campo das mais variadas ciências. O que o senhor expõe a respeito das teorias concernindo o início e fim do mundo em Heisenberg [ndr: Nobel de Física de 1932], Schrödinger [ndr: Nobel de Física de 1933], etc., eu o designaria como ciência-ficção no correto sentido do termo: trata-se de visões e antecipações para chegar ao verdadeiro conhecimento, mas justamente são apenas e precisamente imagens com as quais se procura aproximar-se da realidade. <b style="margin: 0px; padding: 0px;">O grande estilo da ciência-ficção é encontrado sobremaneira na teoria da evolução.</b> O gênio egoísta de Richard Dawkins é um exemplo clássico de ciência-ficção. Jacques Monod [ndr: Nobel de Física de 1965] escreveu frases que seguramente ele mesmo inseriu em sua obra como se tratando apenas de ciência-ficção. Eu cito “a aparição dos Vertebrados tetrápodes… tem justamente sua origem no fato que um peixe primitivo ‘escolheu’ ir explorar a terra, sobre a qual ele era, no entanto, incapaz de se deslocar senão pulando aleatoriamente e criando deste modo, como conseqüência de uma modificação de comportamento, a pressão seletiva graças à qual se teriam desenvolvido os membros robustos dos tetrápodes. Entre os descendentes desse audacioso explorador, qual Magellan da evolução, alguns podem correr a uma velocidade superior a 70 km/h… (citação segundo a edição italiana “Il caso e la necessità”, Milão 2001, pp.117 e seguintes)</li>
</ol>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Por todos os temas discutidos até aqui, trata-se de um diálogo sério pelo qual – como eu disse repetidas vezes – eu sou grato. Entretanto não posso dizer o mesmo a respeito do capítulo sobre o sacerdote e sobre a moral católica e muito menos sobre os capítulos a respeito de Jesus. Quanto ao que o senhor diz a respeito do abuso moral de menores da parte de sacerdotes, eu posso – como o senhor bem o sabe – somente encarar o fato com profunda consternação. Eu jamais procurei mascarar tais coisas. Que o poder do mal penetre até esse ponto o mundo da fé é para nós um sofrimento que, de um lado, nós devemos suportar, porém de outro, nós devemos fazer o possível a fim de que casos similares não se reproduzam mais. Não é tampouco uma consolação saber que, de acordo com pesquisas sociológicas, a porcentagem de sacerdotes incriminados não é mais elevada que a que se apresenta para outras categorias similares. <b style="margin: 0px; padding: 0px;">Em todo caso, não se deveria apresentar de modo ostensivo esse desvio como mácula específica do catolicismo. Se não se é permitido calar-se diante do mal na Igreja, tampouco se deve silenciar o rastro luminoso de bondade e pureza que a fé cristã traçou no decurso dos séculos</b>. Cumpre lembrar-se das grandes personagens puras que a fé produziu – de Bento de Núrcia e sua irmã Escolástica, de Francisco e Clara de Assis a Teresa de Ávila e João da Cruz, grandes santos da caridade como Vicente de Paulo e Camilo de Lélis até Madre Teresa de Calcutá e as grandes nobres personagens do século XIX. E é verdade que a fé ainda hoje impulsiona muitas pessoas ao amor desinteressado, ao serviço dos outros, à sinceridade e à justiça. (…)</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b style="margin: 0px; padding: 0px;">O que o senhor diz a respeito do personagem de Jesus não é digno do seu status de cientista. Se o senhor coloca a questão como se, a respeito do personagem de Jesus finalmente nós não soubéssemos nada, e que como personagem científica nada é aceitável, então eu poderia somente e decididamente convidá-lo a se tornar um pouco mais competente do ponto de vista histórico.</b> Para tanto, eu lhe recomendo sobretudo os quatro volumes que Martin Hengel (Faculdade de teologia protestante de Tübingen) publicou com Maria Schwemer: é um exemplo excelente de precisão histórica e de amplas informações históricas. Em contrapartida, o que o senhor diz sobre Jesus é uma ousadia que o senhor não deveria repetir. É um fato incontestável que na exegese muito se escreveu a respeito da falta de seriedade. O seminário americano sobre Jesus que o senhor cita, nas pp. 105 e seguintes, apenas confirma uma vez mais o que Albert Schweitzer escrevera a respeito de “Leben-Jesu-Forschung” (Pesquisa sobre a vida de Jesus) e que<b style="margin: 0px; padding: 0px;"> o tal dito “Jesus histórico” é no máximo o reflexo das idéias dos autores</b>. No entanto, tais formas de trabalho mal redigidas não comprometem de modo algum a gravidade da pesquisa histórica séria, que nos trouxe verdadeiro conhecimento no que concerne o anúncio e o personagem de Jesus. (…) Ademais, eu impugno com vigor sua afirmação (p. 126), segundo a qual eu teria apresentado a exegese histórico-crítica como um instrumento do anticristo. Tratando da narração das tentações de Jesus, eu apenas retomei a tese de Soloviev de acordo com a qual a exegese histórico-crítica pode ser utilizada igualmente com o anticristo – isso é um fato incontestável. No entanto, em um mesmo momento – e em particular na premissa do primeiro volume do meu livro Jesus de Nazaré – eu esclareci de modo notório que a exegese histórico-crítica é necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas que requer um método histórico verdadeiro: Assim, cumpre igualmente que o senhor apresente a realidade histórica de suas asserções de maneira científica. Por isso, não é nada correto para o senhor dizer que eu estaria interessado somente nos fundamentos imutáveis: bem ao contrário, todos os meus esforços tiveram por objetivo mostrar que o Jesus do Evangelho é igualmente o real Jesus histórico, ou seja, que se trata de uma história que realmente ocorreu. (…)</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
No 19°capítulo de seu livro, nós retornamos aos aspectos positivos do seu diálogo com meu pensamento. (…) Ainda que sua interpretação de João 1,1 esteja bem distante do que o evangelista quis dizer, existe todavia uma convergência que cabe ser mencionada.<b style="margin: 0px; padding: 0px;"> Porém, se o senhor pretende substituir Deus por “Natureza”, cumpre saber pois quem é essa natureza ou o que é. O senhor não a define em parte alguma e ela acaba por aparecer como uma divindade irracional que não explica nada</b>. Eu gostaria sobretudo lhe fazer notar que <b style="margin: 0px; padding: 0px;">em sua religião das matemáticas, três temas fundamentais da existência humana não são considerados: a liberdade, o amor e o mal.</b> Surpreende o fato que com um simples gesto o senhor liquide a liberdade que no entanto foi e ainda é o valor fundamental da época moderna. Em seu livro, o amor não aparece de modo algum, assim como não há alguma informação a propósito do mal. O que importa o que diz ou não a neurobiologia a respeito da liberdade, no drama real de nossa história, ela está presente como uma realidade determinante e deve ser levada em consideração. No entanto, sua religião matemática nada diz sobre o mal. Uma religião negligente das buscas fundamentais permanece vazia de sentido.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Professor, minha crítica ao seu livro é em parte dura. <b style="margin: 0px; padding: 0px;">Mas a franqueza faz parte do diálogo; o conhecimento só pode crescer desse modo</b>. O senhor foi bem franco e eu espero que aceite minha crítica com o mesmo espírito. Em todos os casos, eu avalio positivamente o fato que através de sua confrontação com minha introdução ao cristianismo, o senhor tenha procurado um diálogo aberto com a Fé da Igreja Católica e que, não obstante os contrastes, no campo central, há várias convergências. Com minhas saudações cordiais e votos de uma boa continuação em seu trabalho.”</div>
</blockquote>
Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-89800311162229835212012-07-15T04:06:00.000+01:002012-07-15T04:06:17.473+01:00Geração do Plano Real<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 15.6pt;"><span style="font-size: x-small;">por <a href="http://www.observadorpolitico.org.br/observadores/lgustavo/" target="_blank">Gustavo Guimarães</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.6pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.6pt;">O Plano Real
implantado em 1994 comemora 18 anos, e com essa data marcamos a consolidação de
uma geração inteira de brasileiros que nasceram desde o início da década de 90
e conhecem os reflexos negativos da inflação apenas pelos livros de história.</span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Completando 18 anos de Plano Real, comemoramos como um
dos maiores períodos contínuos da história brasileira em que vivenciamos a
estabilidade, a prosperidade e o desenvolvimento econômico conciliados com o
processo democrático em nosso país.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Toda essa geração de jovens brasileiros, dentre os quais
eu me incluo, não vivenciou a inflação estratosférica, nem as promessas
estampadas nas falas dos Presidentes da época que iam para a televisão para
acalmar os ânimos, e motivar o mercado, na promessa de melhora com as trocas
abruptas no cargo de Ministro da Fazenda e com os sucessivos planos econômicos
que fracassariam um após o outro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">A instabilidade atingia ricos e pobres, embora seu
principal efeito fosse solavancar a vida e as contas dos trabalhadores
brasileiros, corroendo seus salários mínimos e dissolvendo qualquer aumento que
lhes fosse garantido. Gerando insegurança no bolso dos trabalhadores, a
inflação e a instabilidade surtavam o mercado e inviabilizavam qualquer
perspectiva de desenvolvimento econômico ou social.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Contudo, após a crise política que derrubou o primeiro
presidente eleito após a ditadura, coube a Itamar Franco e a seu Ministro da
Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, liderarem a reação corajosa contra os males
que atingiam a nossa economia e geravam impactos diretos na vida dos
brasileiros, e em especial, os mais pobres.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Com a liderança de Fernando Henrique, juntou-se um grupo
de economistas da mais alta seriedade e competência para idealizar o Plano
Real, e foi apresentado ao país um Plano diferente dos demais por oferecer uma
transição gradativa e concreta, combatendo a inflação, estabilizando a
economia, garantindo poder de compra, aquecendo o mercado e alcançando o
patamar desejado de desenvolvimento no longo prazo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">É preciso ressaltar que a minoria dos grupos partidários
e políticos no Congresso Nacional, votaram contra e fizeram ferrenha oposição
ao Plano Real; tal grupo era encabeçado pelo Partido dos Trabalhadores e por
Lula, dizendo que o Plano Real não iria dar certo, talvez torcessem por isso já
que suas perspectivas não estavam no futuro da Nação, e sim na eleição
presidencial que se aproximava.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Mas o Plano Real apresentado pela equipe de Fernando
Henrique passou pelo crivo democrático do Congresso Nacional, foi aprovado e
implantado, marcando o Brasil para o que seria a transformação gradativa de um
país de instabilidades, para se torna-lo como hoje o conhecemos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Aprovado e implantado, o Plano Real tomou as ruas, ganhou
apoio e aprovação popular, trazendo desde o início mudanças significativas e
benefícios para todos os brasileiros, o país ao longo do tempo conquistou a
confiança do mercado, passou a atrair mais e mais investimentos e sua economia
e seus consumidores aqueceram-se e em questão de tempo o Plano Real transformou
o Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">As mudanças não foram rápidas nem fáceis de serem feitas,
coube ao governo Fernando Henrique modernizar o Estado, estruturar a máquina,
capitanear o país nas sucessivas crises internacionais, prever os problemas
futuros e criar mecanismos e ferramentas que pudessem blindar o país de novos
colapsos como os que foram vistos nas décadas de 80 e 90.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Para se ter uma noção, fundos formados com depósitos
compulsórios de bancos, foi uma das medidas tomadas por Fernando Henrique, e
mesmo na época, sendo muito criticado por isso, viu-se que a Europa atual com a
crise do euro adotará a mesma medida para evitar as quebras de bancos e crises
futuras. A própria diminuição do Estado, com concessão de estradas, por
exemplo, apesar de criticada durante as eleições, vem sendo adotada pelos
sucessores para solucionar problemas de infraestrutura como o colapso dos
aeroportos brasileiros, sem falar no importante legado da Lei de Responsabilidade
Fiscal dando suporte para a consolidação do Plano, na esfera da
administração pública.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">De fato, não foi um homem ou um partido unicamente que
mudaram o país, nem foi um único ato que radicalmente dividiu a história do
Brasil em antes e depois. Como em toda e qualquer Nação, o processo democrático
acompanhado pela transição responsável de governos, permitiu que tivéssemos no
Brasil a consolidação do Plano Real ao longo dos Governos Itamar, Fernando
Henrique, Lula e Dilma, com continuidade das políticas que vem transformando o
país ao longo dessas últimas duas décadas, e são, além do Plano Real em si, a
sua consolidação, os aumentos reais do salário mínimo, o aquecimento do mercado
consumidor e os programas de distribuição de renda, que apesar de provisórios
vêm se espalhando pelo Brasil, com programas como o Vale-gás, o Vale-leite e o
Bolsa Escola do saudoso ex-Ministro Paulo Renato, que foram unificados no atual
Bolsa Família.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt;">O fato é que o Brasil mudou nesses 18 anos, e o Plano
Real foi o marco inicial dessas transformações econômicas e sociais. A geração
de pessoas que como eu, crescemos com essas mudanças tem agora o desafio de
construir as novas mudanças, como as melhorias profundas no modelo de
administração pública, a modernização do uso da máquina pública, os
investimentos consistentes em educação e a promoção das Reformas Política,
Tributária e do Judiciário. O Brasil mudou e deve continuar mudando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-87726345686480367612012-06-10T16:25:00.001+01:002012-06-10T16:25:47.294+01:00Cada Supremo tem o Lula que merece<br />
<div align="center" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: center;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Os
ministros do Supremo Tribunal Federal — especialmente Gilmar Mendes — precisam
tomar cuidado com Lula da Silva, o Zumbi do Planalto, que não desencarna da
Presidência. No confronto entre o palanque e a toga, o palanque sempre vence.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 13.5pt; margin: 7.5pt 0cm 11.25pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><i>São as próprias
fragilidades do Judiciário que lhe abrem o flanco para os ataques que sofre.</i><o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 13.5pt; margin: 7.5pt 0cm 11.25pt;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">por </span><strong style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">José
Maria e Silva</span></strong><span class="apple-converted-space" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> - </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 13.5pt; text-align: justify;">sociólogo e jornalista (</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Publicado no Jornal Opção, de Goiânia)</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Ao fazer a apologia de Sócrates, Platão afirma que “o juiz não é nomeado para
fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis”. Essa afirmação
do filósofo grego contraria o pensamento dominante no Brasil da Era Lula, em
que a lei é oprimida por uma esquizofrênica bipolaridade jurídica: ora é vista
como um obstáculo à realização da justiça, ora é tratada como um manifesto
revolucionário dos injustiçados. Uma coisa não contradiz a outra e,
frequentemente, os que acusam as leis vigentes de não serem capazes de fazer
justiça são os mesmos que escrevem leis utópicas na esperança de erradicar o
mal do mundo.<o:p></o:p></span><br />
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Essa tendência, que remonta ao direito ibérico de Portugal e
Espanha, tornou-se hegemônica com o totalitarismo ideológico que a esquerda
exerce nas universidades, subjugando até as faculdades de direito, outrora
consideradas baraços e cutelos do Estado capitalista. Dois episódios recentes
da República comprovam esse fenômeno: de um lado, a Comissão de Juristas
instituída pelo Senado Federal, que pretende submeter o destino da nação à
vontade tortuosa das minorias de proveta; de outro lado, a contenda entre
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), que ganhou as manchetes dos jornais.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">A
Comissão de Juristas do Senado é uma espécie de grêmio livre jurídico, que
tenta impor à nação todas as teses supostamente progressistas da esquerda,
começando pela criminalização da “homofobia”, a ficção gay que já virou
ditadura legal. E, pode não parecer, mas essa comissão é apenas uma das muitas
facetas do danoso protagonismo jurídico por que passa o Brasil, do qual a
reação do ministro Gilmar Mendes à pressão do ex-presidente Lula da Silva (para
que seja adiado o julgamento do mensalão) é apenas o sintoma atual — ainda que
não menos recorrente na história do Brasil.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">A pressão
do Executivo sobre o Judiciário é uma caraterística basilar da República
brasileira, que nasceu de um golpe e se consolidou com o arbítrio — a ditadura
do Estado Novo, protagonizada pelo presidente civil Getúlio Vargas, mas
sustentada por militares, pois não existe ditadura sem o concurso das armas. Ao
pressionar ministros do Supremo para que eles não julguem o caso do mensalão
neste ano, visando proteger seus companheiros de partido, Lula retoma uma
danosa tradição brasileira que remete aos primórdios da República, com a
ditadura de Floriano Peixoto, e ainda age desbragadamente, como um velho
coronel da Primeira República. Nunca antes na história deste país, um político
conseguiu ser tão reacionário no justo instante em que proclama revoluções por
minuto, como faz Lula.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Retrocesso
republicano<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">O Supremo
Tribunal Federal já começou mal. Ele foi idealizado pela mente democrática do
imperador Dom Pedro II, mas acabou sendo instalado sob o tacão da caserna, numa
República militarizada. Em julho de 1889, meses antes de ser deposto, o
imperador designou Salvador de Mendonça (1841-1913) e Lafayette Rodrigues
Pereira para cumprirem uma missão oficial nos Estados Unidos, e lhes recomendou:
“Estudem com todo cuidado a organização do Supremo Tribunal de Justiça de
Washington. Creio que nas funções da Corte Suprema está o segredo do bom
funcionamento da Constituição norte-americana”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Dom Pedro
II disse mais aos dois interlocutores antes de despachá-los para Washington:
“Entre nós as coisas não vão bem, e parece-me que se pudéssemos criar aqui um
tribunal igual ao norte-americano, e transferir para ele as atribuições do
Poder Moderador da nossa Constituição, ficaria esta bem melhor”. Entretanto,
quatro meses depois, Dom Pedro II foi deposto. Lafayette Pereira, que tinha
sido republicano quando mais jovem, manteve-se fiel ao governo monárquico e se
recusou a permanecer no posto diplomático sob a República. Já Salvador de
Mendonça foi um entusiasta do novo regime e atuou decisivamente para que
Washington reconhecesse o novo governo.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Mas não
foi exatamente uma traição à monarquia deposta. Salvador de Mendonça já era um
propagandista da República desde a juventude e foi convidado por Dom Pedro II
para integrar o governo monárquico, porque essa era uma prática recorrente do
imperador. Nesse ponto, o imperador era muito mais democrático do que Lula da
Silva e, mesmo encarnando o poder divino que todo monarca representa, não se
deixava confundir com o Estado brasileiro, como faz o petista mesmo fora do
poder. Os republicanos se faziam representar no gabinete do governo imperial,
sem precisar abdicar do seu credo, como foi o caso de Salvador de Mendonça.
Nesse aspecto a tentativa de aparelhamento do Estado por parte do PT é um
retrocesso não só em relação a Fernando Henrique Cardoso, mas até em relação a
Dom Pedro II.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Por isso,
a pressão que Lula tenta exercer sobre os ministros do Supremo — segundo os
diversos relatos de Gilmar Mendes à imprensa — se assemelha ao poder
discricionário com que o ditador Floriano Peixoto desrespeitava a Constituição
e seus intérpretes, governando mediante a decretação, por diversas vezes, do
estado de sítio, sob o pretexto de que precisava enfrentar a Revolta da Armada
e a Revolução Federalista. No início de 1892, por exemplo, Floriano Peixoto não
cumpriu os habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal beneficiando
presos políticos acusados de conspirar contra o governo. Num desses atos de
desobediência chegou a enviar mensagem ao STF alegando erro dos ministros da
Corte na concessão do benefício.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Imoralidade
da retórica<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Mas a
harmônica divisão de poderes da República idealizada por Montesquieu não chega
a ser perfeita em lugar nenhum do mundo. Em sua obra inacabada “História do
Supremo Tribunal Federal”, em quatro tomos, que abrange do nascimento do STF em
1891 até 1963, a jurista Leda Boechat Rodrigues, afirma que o Supremo Tribunal
Federal “enfrentou dias difíceis desde o seu segundo ano de existência” e
observa que os constituintes de 1891 procuraram definir expressamente sua
competência constitucional, “alertados pela experiência americana de
interferência dos Poderes Executivo e Legislativo nos trabalhos da Corte
Suprema, através do aumento e diminuição de seus juízes e da maior ou menor
extensão de sua competência — especialmente no período de Reconstrução que se
seguiu à Guerra Civil”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">A
diferença em relação ao Brasil é que, aqui, as pressões políticas sobre o
Supremo ocorrem durante todo o tempo, mesmo porque o país há mais de século não
vivencia guerras, salvo as batalhas políticas localizadas em torno dos governos
estaduais durante a Primeira República, como o bombardeio de Manaus, durante 10
horas, por tropas do Exército e da Marinha, em 8 de outubro de 1910, e o
bombardeio de Salvador, por parte do Exército, em 10 de janeiro de 1912, que
reduziu a cinzas a Biblioteca Pública Estadual da Bahia e atingiu vários
edifícios próximos, inclusive o Palácio do Governo. Esses entreveros resultavam
quase sempre da tentativa da Justiça Federal de fazer cumprir determinadas
decisões que davam ganho de causa a uma das facções estaduais em disputa,
descontentando a outra e provocando a intervenção federal.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Rui
Barbosa, no alvorecer da República, já se preocupava com a fragilidade do
Judiciário brasileiro e, certa feita, alertou num discurso:</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 99.25pt; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">“Se a
política não recuar diante desta casa sagrada, em torno da qual marulha furiosa
desde o seu começo; se os governos não se compenetrarem que na vossa
independência [do Supremo] consiste a sua maior força, a grande força do
princípio da autoridade civil; se os homens de Estado não se convencerem de que
o que se passa aqui dentro é inviolável como os mistérios do culto; se os
partidos não cessarem de considerar inocentes e impenetráveis sob os tênues
véus dos artifícios políticos as suas conspirações contra a consciência
judiciária, ai de nós! Porque em verdade vos digo, não haverá quem nos salve. O
sino da liberdade não terá de dobrar sobre o sepulcro dos juízes, mas sobre o
ignominioso trespasse da República, contra a qual, nas mãos da nação revoltada
pela falta de justiça, se levantarão as pedras das ruas.”<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Essas
palavras foram pronunciadas por Rui Barbosa em 26 de março de 1898, um sábado,
ao impetrar um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. Como se antecipasse
a prolixidade de Lula e Fidel Castro, seu discurso tinha 84 laudas e durou das
13h30 às 16h50, arrastando-se por 3 horas e 20 minutos. Esse detalhe
aparentemente desimportante é revelador do caráter da Justiça brasileira. E,
pode não parecer, mas ele também está na raiz dos R$ 15 milhões cobrados pelo
advogado Márcio Thomaz Bastos para defender o bicheiro Carlos Cachoeira.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">O que
pode haver de tão importante na defesa de um determinado réu que sejam
necessárias 84 laudas para ser dito, como parecia acreditar Rui Barbosa? Essa
doentia obsessão do nosso maior jurista pela prolixidade é reveladora do
principal traço de caráter do direito brasileiro — a retórica patológica de seu
DNA lusitano. É essa retórica que corrompe a Justiça. Que crime neste mundo
gera um custo material e intelectual para sua defesa capaz de exigir honorários
de R$ 15 milhões de reais? Eis uma atividade cujo lucro supera
proporcionalmente o de qualquer tubarão das finanças no mundo em qualquer
tempo. E esse lucro é facilitado pelo cipoal de leis inúteis, que não buscam fazer
justiça, mas enganá-la.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Descompromisso com
a nação<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">É óbvio
que o direito, assim como o jornalismo, tem como alicerce a palavra e guarda
semelhanças com a literatura. Há uma incontornável dimensão metalinguística
nessas atividades, o que torna inevitável o concurso da retórica quando de seu
pleno exercício. Mas a eloquência deve bordar as imagens, com precisão e
sobriedade, para exprimir ideias — ou vai se perder nas lantejoulas da retórica
que sufoca o entendimento. Como ensina o padre Antonio Vieira, no célebre
tratado poético que é o “Sermão da Sexagésima”, “o pregar há-de ser como quem
semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja”. Ele recomenda que o sermão (e
podemos acrescentar: qualquer texto) deve ser ordenado como as estrelas, pois
nelas “o rústico acha documentos para sua lavoura e o mareante para sua
navegação e o matemático para as suas observações e para os seus juízos”.
Portanto, conclui Vieira, “o estilo pode ser muito claro e muito alto; tão
claro que o entendam os que não sabem e tão alto que tenham muito que entender
os que sabem”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Infelizmente,
o direito brasileiro — e, por consequência, as leis que produz — seguiu o
caminho oposto ao indicado por aquele grande gênio da língua portuguesa. Toda a
Justiça brasileira se assenta na retórica e sufoca a vida da nação em palavras
vãs. Se no tempo de Rui Barbosa as sessões do Supremo eram tertúlias
literárias, com as metáforas sufocando a lógica, hoje, elas se tornaram
tertúlias acadêmicas, em que a linguagem bizantina da ciência universitária,
adotada pela maioria dos ministros, finge ser conhecimento, quando não passa de
vaidade. E a lógica, a verdade, o compromisso com a nação (que não se confunde
com populismo) continuam tão esquecidos quanto sempre foram.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Sim, são
as próprias fragilidades do Judiciário que lhe abrem o flanco para os ataques
que sofre. Foi o que se viu, por exemplo, com a Revolução de 30, quando os
tenentes vitoriosos chegaram ao poder e, no dizer do ministro Pires e
Albuquerque, resolveram exercitar o “humaníssimo sentimento de vingança”,
voltando-se contra o STF que lhes negara habeas corpus quando estavam sendo
perseguidos pelo governo nas revoltas de 1922, 1924 e 1927. Em 18 de fevereiro
de 1931, o governo provisório liderado por Getúlio Vargas diminuiu os
vencimentos dos ministros do STF e demitiu seis deles. O pretexto para a
demissão era a doença de alguns e a aposentadoria de outros. Em relação à
maioria dos ministros, não era verdade, mas havia um caso de ministro quase
completamente surdo, o presidente da Corte, Godofredo Cunha, que precisava de
dois auxiliares para ajudá-lo a entender o que diziam os demais. Tanto que um
de seus colegas, o ministro Edmundo Lins, segundo nota de uma revista jurídica
da época, atribuiu “à surdez do presidente equívocos lamentáveis de Sua
Excelência”.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Mais
sintomático da fragilidade do Judiciário brasileiro foi o caso do ministro
Hermenegildo Barros, que redigiu e pronunciou um longo protesto contra a
aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo determinada por Vargas.
“Nenhum ministro, digno da investidura, poder-se-á considerar garantido na
situação em que se encontra, presentemente, o Supremo Tribunal Federal, que não
tem, não pode ter independência e viverá exclusivamente da magnanimidade do
Governo Provisório”. E disse mais: “Pela minha parte, declaro que não tenho
honra nenhuma em fazer parte deste Tribunal, assim desprestigiado,
vilipendiado, humilhado, e é com vexame e constrangimento que ocupo esta
cadeira de espinhos, para a qual estarão voltadas as vistas dos assistentes, na
dúvida de que aqui esteja um juiz capaz de cumprir com o seu dever”.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Zumbi do
Planalto<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">A exemplo
do que ocorre hoje com Gilmar Mendes, o desabafo público de Hermenegildo Barros
dividiu opiniões: enquanto parte da imprensa elogiava sua coragem, os jornais
governistas o criticavam. O “Diário de Notícias” de São Paulo, em sua edição de
26 de fevereiro de 1931, elogiou suas “palavras de fogo”, afirmando que se
tratava da “figura de um grande magistrado, de raras tradições de independência
e cultura, que se ergue, fraco, contra o arbítrio, que o pode fulminar também,
mas enormemente forte pelo desassombro e a justiça de seu gesto”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">A
resposta do Executivo veio através do ministro da Justiça, Oswaldo Aranha, que,
numa reportagem do jornal “O Globo”, revelou que estava sendo solicitada ao
governo a nomeação de um genro de Hermenegildo Barros e que o pedido fora feito
não só por um amigo do ministro (posteriormente identificado como Afrânio de
Mello Franco, que integrava o governo Vargas), mas também por outros
interessados (que, se soube depois, eram a mulher e a filha do próprio ministro
do Supremo). O pedido de emprego, segundo Oswaldo Aranha, foi negado, pois o
governo não contratava parentes de autoridades do Executivo ou do Judiciário.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Como o
ministro Hermenegildo Barros negou que tivesse pedido emprego para o genro, a
polêmica continuou nos jornais e Oswaldo Aranha voltou à carga revelando que
“não lhe causara surpresa o protesto do Sr. Hermenegildo Barros, pois, depois
de ter recusado o recebimento de vencimentos elevados pelo Congresso, foi
recebê-los no Tesouro, não somente 8 contos do exercício, mas 54 contos de
exercícios findos, sem que tivesse sido aberto pelo Congresso o crédito
especial para esse fim”. Como se vê, o polêmico recebimento de gordas remunerações
extras pelos magistrados brasileiros é um mal que acompanha historicamente os
tribunais. E o Executivo sempre soube explorar essas fragilidades do
Judiciário.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Por isso,
os ministros do Supremo Tribunal Federal — especialmente Gilmar Mendes — precisam
tomar cuidado com Lula da Silva, o Zumbi do Planalto, que não desencarna da
Presidência. No confronto entre o palanque e a toga, o palanque sempre vence.
Ainda mais no Brasil, em que a magistratura não goza de nenhuma simpatia da
população, e Lula, seu principal antagonista, foi canonizado em vida — graças
ao apoio das universidades, à covardia da oposição e, também, ao populismo
jurídico que Gilmar Mendes tanto condena, mas também pratica. Seu enfrentamento
público com Lula, por exemplo, ainda que represente uma vitória momentânea, com
o recuo do ex-presidente, desgasta ainda mais o Supremo e expõe os ministros.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Lula
inimputável<o:p></o:p></span></strong></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">O próprio
Gilmar Mendes já se expôs além da conta. Começando pelo fato de que não devia
comparecer à casa de Nelson Jobim (outro boquirroto, que confessou ter fraudado
a Constituição), sabendo que Lula lá estava. Se durante seus dois mandatos Lula
se beneficiou da omissão de todas as instituições e abastardou o Brasil como e
quanto quis, o que podem fazer contra ele, agora, quando não passa de um idoso
doente e sem mandato? Se Lula já era inimputável quando chefiava o Executivo, e
nessa condição só podia fazer o que a lei mandava, mais inimputável se torna
agora, em que, como cidadão comum, só não pode fazer o que a lei proíbe. É
claro que a lei proíbe qualquer um de atrapalhar a Justiça, mas como o ministro
Gilmar Mendes poderá provar que Lula tentou pressioná-lo, a não ser que lhe
tivesse dado voz de prisão na própria casa de Jobim? É a palavra de Gilmar
contra o silêncio de Lula — o que só prejudica o ministro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Prova
disso é que Gilmar Mendes deu uma desastrada declaração ao blog “Rádio do
Moreno”, do jornalista Jorge Bastos Moreno, do jornal “O Globo”. Segundo ele, o
ministro informou que entrará com uma ação na Procuradoria-Geral da República
“pedindo o substrato das empresas estatais que usam o dinheiro público para o
financiar blogs que atacam as instituições”. Disse Gilmar: “É inadmissível que
esses blogueiros sujos recebam dinheiro público para atacar as instituições e
seus representantes. Num caso específico de um desses, eu já ponderei ao
ministro da Fazenda que a Caixa Econômica Federal, que subsidia o blog, não
pode patrocinar ataques às instituições”. </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Começando
pela expressão “blogueiros sujos”, foi desastrosa a declaração do ministro, o
que só ajuda Lula e o PT. </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Quem
chama os jornalistas Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim e Leonardo Attuch,
entre outros, de “blogueiros sujos” é o jornalista Reinaldo Azevedo, da revista
“Veja” — o que é compreensível, pois se trata de uma polêmica entre colegas de
profissão. Mas uma autoridade constituída jamais pode valer-se dessa linguagem
vulgar, como se fosse mero ombudsman de jornal alheio e não um ministro do
Supremo Tribunal Federal, cujo silêncio já é uma advertência, pois sua palavra
é sempre uma sentença, mesmo quando imagina que seja uma opinião.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">É claro
que é indesejável o governo patrocinar blogs de partido disfarçados de imprensa
livre, como são os blogs citados pelo ministro. Mas se Gilmar Mendes considera
que eles estão atacando as instituições e seus representantes, que ingresse na
Justiça pedindo reparação por danos morais. O que não convém é o próprio
ministro procurar membros do governo para exigir que se ponha fim ao patrocínio
oficial desses blogs, como se fosse papel do Supremo fazer o trabalho do
Tribunal de Contas ou dos partidos de oposição com assento no Legislativo.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Já que o
ministro Gilmar Mendes é tão zeloso com sua honra, a ponto de esquecer que é
ministro e descer à condição de cozinheiro, digo, jornalista, por que ele não
pediu o impedimento do seu colega Joaquim Barbosa, que, em plena sessão do
Supremo Tribunal Federal, com transmissão ao vivo pela TV, o acusou de ter
“capangas” em sua fazenda no Mato Grosso, num evidente caso de calúnia somado
ao preconceito contra os mato-grossenses? Brigas públicas do gênero têm sido
uma constante no Supremo, inclusive as que envolveram recentemente Joaquim Barbosa
e Cezar Peluso.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">E já que
é para um ministro do Supremo se comportar como ombudsman do mundo, por que
Gilmar Mendes não encontrou uma maneira legal de pressionar o presidente do
STJ, Ari Pargendler, que agrediu verbalmente, humilhou e demitiu um estagiário
negro do tribunal, apenas porque o rapaz estava na fila de um caixa eletrônico,
atrás do ministro, que se sentiu no direito escorraçá-lo feito um cachorro, num
caso evidente de quebra de decoro, que talvez devesse render ao ministro a
perda do cargo vitalício e bem pago? Para que serve o Conselho Nacional de
Justiça, se mantém silêncio diante desse provável atentado aos direitos
humanos, preferindo realizar mutirões carcerários em defesa dos direitos de
latrocidas e estupradores?</span></div>
<div style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 13.5pt;">Como se
vê, não é fácil defender o Judiciário brasileiro (o que, aliás, já fiz em
muitos artigos), pois o Executivo conhece seus pontos fracos e sabe
explorá-los como ninguém. E, quanto mais o Judiciário insistir em seu
protagonismo, mais ficará a mercê dos predadores de instituições. Infelizmente,
cada Supremo tem o Lula que merece.</span></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-11322760413946624992012-03-30T00:21:00.001+01:002012-03-30T00:54:04.367+01:00O Direito é uma profissão de palavras (D. Mellinkoff)<div style="margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><em style="line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">por Adalberto J. Kaspary </span></em></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em toda profissão a palavra pode ser útil, inclusive necessária. No mundo do Direito, ela é indispensável. <em>Nossas ferramentas não são mais que palavras</em><em><span style="font-style: normal;">,</span></em> disse o jurista italiano Carnelutti. Todos empregam palavras para trabalhar, mas, para o jurista, elas são precisamente a matéria-prima de sua atividade. As leis são feitas com palavras, como as casas são feitas com tijolos. O jurista, em última análise, não lida com fatos, diretamente, mas com palavras que denotam ou pretendem denotar esses fatos. Há, portanto, uma parceria essencial entre o Direito e a Linguagem.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Quando o advogado recebe o cliente e escuta sua consulta, responde com palavras. Se precisa elaborar um contrato ou estabelecer um acordo, é com palavras que o faz. O mesmo sucede quando atua em defesa de seus clientes, nas diversas instâncias do Judiciário.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os juízes e os tribunais, em suas sentenças, acórdãos e arestos, decidem mediante palavras. E a coação, ou a força, que se poderão empregar na execução desses atos terão de ajustar-se aos estritos termos do que neles se disse.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O órgão do Ministério Público, em seus pareceres, em suas intervenções na sessão do júri e em suas demais formas de atuação, procura, mediante palavras, demonstrar que, no caso sob exame, cumpre adotar a solução por ele alvitrada e defendida.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">De tais considerações cabe deduzir que todo jurista deve ser um bom gramático, porquanto a arte de falar e escrever com propriedade é noção elementar de gramática.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Claro que da gramática não se cairá na gramatiquice. A linguagem deve ser viva e dinâmica, funcional e palpitante de realidade. As questões técnicas não podem fazer esquecer que a<em> luta pelo Direito</em> gira em torno de problemas humanos. A linguagem do jurista deve ser instrumento a serviço da eficaz prestação jurisdicional. Ela visa a fins utilitários, antes de mais nada, e não a fins artísticos.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao redigir, ordenam-se ideias e acontecimentos. Quanto melhor conhecermos o necessário instrumento para isso – as palavras –, com maior precisão nos expressaremos e comunicaremos. A palavra está, aqui, entendida em tudo que lhe diz respeito: seu significado preciso, sua forma correta e sua apropriada inserção em estruturas sintáticas simples e complexas.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O conhecimento das palavras supõe a consciência de seu caráter relativo. É sabido que o significado das palavras é convencional e emotivo; vago e ambíguo; que são imprecisos os conceitos; que as palavras assumem acepções distintas nas diferentes áreas do conhecimento, e até dentro da mesma área, nos diversos segmentos desta. E é bem sabido que palavras como Liberdade, Democracia, Nacionalismo, Bem Público se empregam, muitas vezes, de forma contraditória e encoberta.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A missão principal do jurista é contribuir para a realização da justiça. E a este propósito não somente não se opõem, antes para ele contribuem, os meios empregados e as formas desses meios. Fundo e forma vão tão intimamente ligados como espírito e corpo. O fundo – o sentido de justiça de uma decisão, por exemplo – pode vir determinado, ou mais exatamente fixado, pela forma sob a qual se apresenta. Na decisão, a realidade da justiça está objetivada nas palavras do magistrado.<o:p></o:p></span></u></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Afirma-se – e é comumente aceito – que a linguagem jurídica é uma linguagem tradicional, ao contrário daquela das ciências aplicadas, uma linguagem revolucionária, inovadora, que constantemente incorpora novos termos e expressões.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ocorre que o nosso Direito basicamente foi escrito em latim, língua precisa e sintética. O Direito, pela sua própria origem, tem, assim, uma linguagem tradicional; mas ele tem, ao mesmo tempo, uma linguagem revolucionária, em constante evolução, consequência da necessidade urgente de acudir a novas realidades e a soluções adequadas a estas. O acesso universal à justiça, a judicialização de um universo ilimitado de fatos, questões e situações que antes passavam ao largo do tratamento judicial, a comunicação instantânea e abrangente são algumas de outras tantas realidades que implicam a incorporação, ao Direito, de novos termos, somando-se aos já existentes. <o:p></o:p></span></u></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O desenvolvimento da técnica jurídica fez com que surgissem termos não-usuais para os leigos. A linguagem jurídica, no entanto, não é mais hermética, para o leigo, que qualquer outra linguagem científica ou técnica. Aí estão, apenas para exemplificar, a Medicina, a Matemática e a Informática com seus termos tão peculiares e tão esotéricos quanto os do Direito.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ocorre que o desenvolvimento da ciência jurídica se cristalizou em instrumentos e instituições cujo uso reiterado e cuja precisão exigiam termos próprios: servidão, novação, sub-rogação, enfiteuse, fideicomisso, retrovenda, evicção, distrato, curatela, concussão, litispendência, aquestos (esta a forma oficial), etc. são termos sintéticos que traduzem um amplo conteúdo jurídico, de emprego forçado para um entendimento rápido e uniforme.<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O que se critica, e com razão, é o rebuscamento gratuito, oco, balofo, expediente muitas vezes providencial para disfarçar a pobreza das ideias e a inconsistência dos argumentos. O Direito deve sempre ser expresso num idioma bem-feito; conceitualmente preciso, formalmente elegante, discreto e funcional. A arte do jurista é declarar cristalinamente o Direito. <o:p></o:p></span></u></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">E o Direito tem dado, lá fora e aqui, mostras de que pode ser declarado numa linguagem paradigmática. Stendhal, romancista francês, aconselhava aos escritores o estudo do Código Napoleônico, de sua linguagem sóbria e funcional, para aperfeiçoar o estilo. Nosso Código Civil de 1916, um monumento de linguagem simples, precisa e elegante, há de – ou deveria, ao menos – servir sempre de inspiração e modelo aos que lidam com o Direito, em suas mais diversas modalidades de atuação. (O atual Código Civil, de 2002, lamentavelmente, deixa, em vários momentos, a desejar em matéria de linguagem correta, clara e precisa.).<o:p></o:p></span></div><div style="line-height: 115%; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Quem lida com o Direito, em suas diferentes concretizações, deve aspirar a expor o conteúdo mais exato na expressão mais adequada. E isso implica uma convivência definitiva – harmônica e amorosa – com a Linguagem. Direito e Linguagem constituem um par indissociável. Sem a qualidade desta, aquele faz má figura.</span></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-50484890977504606312012-02-03T12:41:00.001+00:002012-02-03T12:43:08.599+00:00O ABORTO NO DIREITO BRASILEIRO<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">(Ives Gandra - Folha de São Paulo – 19/10/2010)</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqpJV8YQa0iLKWZQBbfq1yL7z879bxZd_JTug-vhBHtUwoUg3zXIUAAvPr8Gy-6dx9LrdU6nrTy32am467KXmwGtzCKPWHxB8beizf3uEnDO9XX7WCn4HWfWHtprPJYsPPjrJwJJHexZA/s1600/aborto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqpJV8YQa0iLKWZQBbfq1yL7z879bxZd_JTug-vhBHtUwoUg3zXIUAAvPr8Gy-6dx9LrdU6nrTy32am467KXmwGtzCKPWHxB8beizf3uEnDO9XX7WCn4HWfWHtprPJYsPPjrJwJJHexZA/s320/aborto.jpg" width="294" /></a></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Li, recentemente, parecer do Professor Eros Grau, ministro aposentado do STF, em que declara serem constitucionais os artigos 542, 1609 § único, 1779 § único e 1798 do Código Civil, visto que, sendo o nascituro sujeito de direitos, é alcançado pelo reconhecimento do direito à dignidade da pessoa humana e à inviolabilidade do direito à vida, contemplados na Constituição do Brasil.</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">De rigor, o eminente jurista reforça a interpretação dos textos superiores (Tratados Internacionais e Constituição Federal), em que embasa suas conclusões sobre o direito infraconstitucional, a saber: o artigo 3º da Declaração Universal de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário, segundo o qual “todo o ser humano tem direito à vida” ou a convenção sobre os direitos da criança da ONU que afirma que “a criança necessita de proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento” (<b>grifos meus</b>); o Pacto de São José, do qual o Brasil é também signatário, cujo artigo 1º estabelece “pessoa é todo o ser humano”, o artigo 3º que “tem o direito de reconhecimento de sua personalidade jurídica” e o artigo 4º que esse direito deve ser protegido pela lei “desde o momento de sua concepção”.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O interessante é que o artigo 4º cuida de duas formas de proteção ao direito à vida, ou seja, do nascituro e do nascido. Não abre exceção para o nascituro, mas, quanto aos nascidos: preconiza que os países que tenham pena de morte procurem aboli-la e proíbe aos países que não a tenham de adotá-la. Estabelece ainda que, se um país signatário, deixar de ter a pena de morte, não poderá mais voltar a adotar tal forma de atentado à vida do ser humano nascido.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A nossa Constituição é clara ao dizer, no artigo 5º, “caput”, que o direito à vida é inviolável.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por fim, o Código Civil, no seu artigo 2º, está assim redigido: “Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” Seria ridícula a interpretação do dispositivo que se orientasse pela seguinte linha de raciocínio: “Todos os direitos do nascituro estão assegurados, menos o direito à vida”!!!!! <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">É de se lembrar que o artigo 5º “caput” da lei suprema é cláusula imodificável, por força de seu artigo 60, § 4º, inciso IV.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como se percebe o arsenal de disposições jurídicas internacionais, constitucionais e infraconstitucionais do direito brasileiro coincidem e todos apontam para a impossibilidade da constitucionalização do aborto em nosso País.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nada obstante, há os que defendem que, pelo neoconstitucionalismo, pode o Supremo Tribunal Federal legislar, nos vácuos legislativos. Não é minha posição, primeiro, porque não há vácuo legislativo e segundo, se houvesse, estou convencido de que a tese não se compatibilizaria com o texto maior, visto que, nas ações de inconstitucionalidade por omissão do Congresso Nacional, ainda quando julgadas procedentes, não pode o Supremo Tribunal Federal impor sanções, nem estabelecer prazos para que o legislativo supra a omissão. Não tem, pois, a Suprema Corte, a faculdade de legislar positivamente. Não se deve esquecer que todos os projetos para institucionalização do aborto não têm sido aprovados pelo Parlamento. “The last, but not the least”, a esmagadora maioria da população brasileira opõe-se a essa prática, conforme pesquisa da Folha em 11/03/2010, sendo 71% contra, e apenas 11% a favor.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em outras palavras, no Estado Democrático brasileiro, a população rejeita o aborto, prestigiando o respeito ao direito à vida. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como se percebe, a questão não é religiosa, mas jurídica, refletindo, de rigor, a vontade da maioria da população brasileira, que é contrária ao aborto.<o:p></o:p></span></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-24217518620627867742012-01-28T12:19:00.000+00:002012-01-28T12:19:48.001+00:00ORAÇÃO PARA OS ESTUDOS<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: #FFFFEE; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size: xx-small;">* do <i>Doctor Angelicus</i> Santo Tomás de Aquino</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: #FFFFEE; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: #FFFFEE; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Infalível Criador, que dos tesouros da Vossa sabedoria, tiraste as hierarquias dos Anjos colocando-as com ordem admirável no céu; distribuístes o universo com encantável harmonia, Vós que sois a verdadeira fonte da luz e o princípio supremo da sabedoria, difundi sobre as trevas da minha mente o raio do esplendor, removendo as duplas trevas nas quais nasci: o pecado e a ignorância.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: #FFFFEE; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: #FFFFEE; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";">Vós que tornaste fecunda a língua das crianças, tornai erudita a minha língua e espalhai sobre os meus lábios a vossa bênção. Concede-me a acuracidade para entender, a capacidade de reter, a sutileza de relevar, a facilidade de aprender, a graça abundante de falar e de escrever. Ensina-me a começar, rege-me a continuar e perseverar até o término. Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.</span></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-6761471248161573752012-01-22T17:36:00.000+00:002012-01-22T17:36:36.728+00:00Repensando o mundo cão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwwychL-E-jsgXkSnuyiZHmhBesiJzahGI5y9qzb7Xog1mqPtW_qE2DPec-LrW09j-4rW8epMOfUwVb7eWg3Ys34P2Mm-LC2kQOOfZvdOnHT9tEkPLkUaZUKll5ltaP7c9dZUlgDgNXIQ/s1600/mundo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwwychL-E-jsgXkSnuyiZHmhBesiJzahGI5y9qzb7Xog1mqPtW_qE2DPec-LrW09j-4rW8epMOfUwVb7eWg3Ys34P2Mm-LC2kQOOfZvdOnHT9tEkPLkUaZUKll5ltaP7c9dZUlgDgNXIQ/s320/mundo.jpg" width="233" /></a></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Aconteceu em Itapecerica da Serra - SP. um menino de apenas 12 anos liga para a polícia. O diálogo entre ele e o policial é absurdo, comovente e mostra o grau de abandono e desamparo de algumas crianças por esse Brasil afora.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ele relata que a mãe saiu de casa e o deixou trancado com os irmãos pequenos, um com 2 anos e outro, uma menina, com apenas 5 meses de idade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">- É que a minha mãe me deixou preso aqui com meus irmãos. Quase sempre ela faz isso. E aí minha irmã está sem leite, está sem alimento. O que eu poderia fazer? Ela tem ciúme do meu pai. Aí eu acho que ela tem depressão, ela já esteve internada - disse o menino.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O policial pergunta a idade do garoto e de sua irmã, e fica surpreso com a resposta:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Tenho 12 anos e minha irmã tem 5 meses. Estamos presos - respondeu ele.<a href="" name="more"></a><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O restante do diálogo está no vídeo abaixo, que mostra uma dura realidade e deixa a todos nós uma pergunta de difícil resposta: o que fazer para ajudar crianças que crescem em famílias sem nenhuma condição de lhes dar uma criação digna?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p><br />
</o:p></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ebqK0iS4bOI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; line-height: 12.1pt;">Metade da população da Somália está passando fome, e os números divulgados pela Organização das Nações Unidas - ONU estão a mostrar a situação de emergência e desespero que atinge a África Oriental.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nada mais, nada menos que 13 milhões de pessoas estão vivendo em condições desumanas na África Oriental, Etiópia e o Quênia. A principal causa está nos conflitos que dificultam a chegada da ajuda humanitária, que é agravada pela pior seca já enfrentada pela região em 60 anos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.1pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Segundo fontes das Nações Unidas, 750 mil pessoas correm o risco de morrer nos próximos meses, até porque a maioria das agências humanitárias foi expulsa da região pelo grupo islâmico al-Shabaab, que tem conexões com a al-Qaeda. Por que o mundo não reage contra esse verdadeiro holocausto imposto aos negros africanos?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwaUA_xJAgYVAe1ld93AO9EXGpCE23-9SfX72gxKPfs2NxQSggj5jjT4lY09A7uWJhipAUdA0m6crdgvs01ng' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p><br />
</o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;">por: Dando Pitaco</span></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-43426804987346683192012-01-22T16:58:00.001+00:002012-01-25T12:45:53.793+00:00O Pequeno Príncipe<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“O Pequeno Príncipe”</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">, do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. É o livro em língua francesa que mais foi vendido no mundo, com cerca de 80 milhões de exemplares, e entre 400 e 500 edições. Também se trata da terceira obra literária (sendo a primeira a Bíblia e a segunda o livro O Peregrino) mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 160 idiomas e dialetos. A princípio, aparentando ser um livro para crianças, tem um grande teor poético e filosófico. No Japão, há um museu para o personagem principal do livro, um jovem sonhador de cabelos louros e cachecol vermelho. O autor do livro também foi quem fez suas ilustrações originais e acredita-se que parte do enredo da obra e as aquarelas de Antoine de Saint-Exupéry tenha sido inspirada pela sua ida ao nordeste do Brasil, onde ele teria se encantado com o Baobá, árvore de origem africana trazida à terra brasileira.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O romance é destinado para adultos, e poucos conseguem entender sua real mensagem.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Confira algumas passagens da obra:</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPHB9-cGBu931edaUbn_OGnhXfzby6-0u1T4o7jLd1ZsU_QWEyamM-q-XxEHCrNekis6sWL_iCKsBoBkUtdl7cOg3mJGSJzKsPbthx_fbdFM5rKeLASHDn0fvDreV-MAHNQV_taf11E2o/s1600/01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPHB9-cGBu931edaUbn_OGnhXfzby6-0u1T4o7jLd1ZsU_QWEyamM-q-XxEHCrNekis6sWL_iCKsBoBkUtdl7cOg3mJGSJzKsPbthx_fbdFM5rKeLASHDn0fvDreV-MAHNQV_taf11E2o/s1600/01.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</i><br />
<i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh57XYvK2QFYmn4Z7UlojsilzBhJ_Du6RirQU3uKgY4iLpSjQpfOGKsVpO6HBTE6P4uTBhgUOQba2Dcyq_PT0yuu6gcDdJ687VtepFIp4uXxUp4dTg-Bdj_i53CLeYB18O1keexX-DPyCA/s1600/02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh57XYvK2QFYmn4Z7UlojsilzBhJ_Du6RirQU3uKgY4iLpSjQpfOGKsVpO6HBTE6P4uTBhgUOQba2Dcyq_PT0yuu6gcDdJ687VtepFIp4uXxUp4dTg-Bdj_i53CLeYB18O1keexX-DPyCA/s1600/02.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTUxyG0kZX6zjk_EuPYa8hBRPzCKGwTUxvNGZDEk11__XiMts_NgR93CRe2cyvtNvUTViIsrGlk72YQn2FaV0qN-_YtKnvTutf61IRTUqyVFXVbmw0e-TfNv3FCeE1rdZrYjIKgEklbuU/s1600/03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTUxyG0kZX6zjk_EuPYa8hBRPzCKGwTUxvNGZDEk11__XiMts_NgR93CRe2cyvtNvUTViIsrGlk72YQn2FaV0qN-_YtKnvTutf61IRTUqyVFXVbmw0e-TfNv3FCeE1rdZrYjIKgEklbuU/s1600/03.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hx4VPoESmpCgpHoAqGR_gbWdmktr8MhdUic_F8GkHAYPenOHVX1ZHE-4qiYdc4Tt277SElzh8YSSMvP31is99Jn1sdCwU1JhH1oL5_E169PZyK_Oq0geL3J9ujAk87JFTMDf0cXSMeo/s1600/04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hx4VPoESmpCgpHoAqGR_gbWdmktr8MhdUic_F8GkHAYPenOHVX1ZHE-4qiYdc4Tt277SElzh8YSSMvP31is99Jn1sdCwU1JhH1oL5_E169PZyK_Oq0geL3J9ujAk87JFTMDf0cXSMeo/s1600/04.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"O amor verdadeiro não se consome, quanto mais dás, mais te ficas."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCRzKJO8vhj4G807Il7RUmMnGRVrzANKFF3ymorx1qcuJxZZDsqhA_MXZXkSaa4ie6Or_RosIvfHe5RMvytyhhBEyjQuqTw9Nir80gvbTinwoKG5TG61nAr1aDdnVd81jKun-NnqHFT5c/s1600/05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCRzKJO8vhj4G807Il7RUmMnGRVrzANKFF3ymorx1qcuJxZZDsqhA_MXZXkSaa4ie6Or_RosIvfHe5RMvytyhhBEyjQuqTw9Nir80gvbTinwoKG5TG61nAr1aDdnVd81jKun-NnqHFT5c/s1600/05.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Disse a flor para o príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três lagartas se quiser conhecer as borboletas."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo86qotEQSAHyQ7upw_XZoKSZQPTAFpS87U5hFmtMioAEZ3gCDLfTyGwcpoTXj_w6uVrvt79NifhVdI_Q4_xMTqvfLnFvcO9K3VpooVerfg27Kv8c1AnaeY4dMp27_rqo0n1p5IMnGGnk/s1600/06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo86qotEQSAHyQ7upw_XZoKSZQPTAFpS87U5hFmtMioAEZ3gCDLfTyGwcpoTXj_w6uVrvt79NifhVdI_Q4_xMTqvfLnFvcO9K3VpooVerfg27Kv8c1AnaeY4dMp27_rqo0n1p5IMnGGnk/s1600/06.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Só os caminhos invisíveis do amor libertam os homens."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAUhmizmXta4X7tWxIklrf0rn5Q5cvQshuJk695lr_FQCVPY4qgnTCGU6sXVXuAEaXX8gwAwQ-lqf5sTsqVlmObnU1FebhZskWGSJLMgcAERr_MKQrE1_99sYFBjSPsTcajA6Zt4r12dE/s1600/07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAUhmizmXta4X7tWxIklrf0rn5Q5cvQshuJk695lr_FQCVPY4qgnTCGU6sXVXuAEaXX8gwAwQ-lqf5sTsqVlmObnU1FebhZskWGSJLMgcAERr_MKQrE1_99sYFBjSPsTcajA6Zt4r12dE/s1600/07.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar..."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcm9oTdFwnpWxHDZbdpl2_XU1KrsKsFQYp47bHBZ2ebyhUbGNrvLM4qsD_GXXIH66VdYqLRSg5yRQcivb0s5mTbzyBcTvai8bQni_f1Mr8dRpbdIQ6xJCvRLBD6oU6H4Goq2-jFLNGsvg/s1600/08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcm9oTdFwnpWxHDZbdpl2_XU1KrsKsFQYp47bHBZ2ebyhUbGNrvLM4qsD_GXXIH66VdYqLRSg5yRQcivb0s5mTbzyBcTvai8bQni_f1Mr8dRpbdIQ6xJCvRLBD6oU6H4Goq2-jFLNGsvg/s1600/08.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieYJ-oA8HrplE524_g0tv_jzYqTW1mJlhmTNhd4QSXaxo488I71yIL_McbTLVI3QYZe7b92o4co_e__JN9izIhw3DL56LEsCuH9E3NRtFVYIJ0cW-Aaqj6ldA26LZzkt2MyrQyp0ENDBs/s1600/09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieYJ-oA8HrplE524_g0tv_jzYqTW1mJlhmTNhd4QSXaxo488I71yIL_McbTLVI3QYZe7b92o4co_e__JN9izIhw3DL56LEsCuH9E3NRtFVYIJ0cW-Aaqj6ldA26LZzkt2MyrQyp0ENDBs/s1600/09.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"O amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcqsoUp_ubJ2Tz6yCEpqkGsWCm6P1UitoiW7gW-PQVSKBEovKAEg66Sdm3Otz1MHEW91XI5g43NY_Zp3HG3gL6l6pr_ZeCsnDdL8RvyZ59CcRklKXJNT4m4SCBLCt2GmvGMY5y1kKxyQs/s1600/10.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcqsoUp_ubJ2Tz6yCEpqkGsWCm6P1UitoiW7gW-PQVSKBEovKAEg66Sdm3Otz1MHEW91XI5g43NY_Zp3HG3gL6l6pr_ZeCsnDdL8RvyZ59CcRklKXJNT4m4SCBLCt2GmvGMY5y1kKxyQs/s1600/10.png" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdPcjAHFiHUKVjCWjnuARWVfWNY3uZRT2_bksT1Spb5BtqMO63uRy27v6q4CTec3ofp_MC7cukMq8OLb8VomHV6_PEyaQnxPu_Vi3tMb-4pb2bBs6dmxrqIlNRAMOtmnFWSftBpkomLo4/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdPcjAHFiHUKVjCWjnuARWVfWNY3uZRT2_bksT1Spb5BtqMO63uRy27v6q4CTec3ofp_MC7cukMq8OLb8VomHV6_PEyaQnxPu_Vi3tMb-4pb2bBs6dmxrqIlNRAMOtmnFWSftBpkomLo4/s1600/11.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj13I3acGozuoH5uwUURv3ASYVrtHDk_ByCn8M5DKkhqjdB590OnPYnLXt54617XdYu66KyQArR3S_hpENdx9ZABAjBbuffHmzGEyodP3OkR4b4xLiJ9gr23oognRlGqNQH4rJfk-CUscA/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj13I3acGozuoH5uwUURv3ASYVrtHDk_ByCn8M5DKkhqjdB590OnPYnLXt54617XdYu66KyQArR3S_hpENdx9ZABAjBbuffHmzGEyodP3OkR4b4xLiJ9gr23oognRlGqNQH4rJfk-CUscA/s1600/12.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Para enxergar claro, basta mudar a direção do olhar."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhww2i8Yut6HPjoHH7c2p0dMuEgwzeZs8TgXmcooN3mGrlxzF_am34zogjZWsS_Ah0e74BDOVfGljMZZhDaaqyoLNm-_es6w2i3McYQXLxvyKfRjbg715m-ooI23LhyphenhyphenNk3rkEIhkkt8VOQ/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhww2i8Yut6HPjoHH7c2p0dMuEgwzeZs8TgXmcooN3mGrlxzF_am34zogjZWsS_Ah0e74BDOVfGljMZZhDaaqyoLNm-_es6w2i3McYQXLxvyKfRjbg715m-ooI23LhyphenhyphenNk3rkEIhkkt8VOQ/s1600/13.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiULzz9wtErUsNZMgAwyTVuSgZpIecpPOpQwaFi8SGJxCOJUTE6PYoK824PS2ZU-68-3oFu0ZbTNzbzBjyJIRC09A6a2HA3LNMBdYVcyTF5Z3fKrZRR-n7bmWfni1KT5zb9aOu_mOx2_U0/s1600/14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiULzz9wtErUsNZMgAwyTVuSgZpIecpPOpQwaFi8SGJxCOJUTE6PYoK824PS2ZU-68-3oFu0ZbTNzbzBjyJIRC09A6a2HA3LNMBdYVcyTF5Z3fKrZRR-n7bmWfni1KT5zb9aOu_mOx2_U0/s1600/14.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Não lhe direi as razões que tens para me amar, pois elas não existem. A razão do amor é o amor."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRp4rx1-tcfDY17jy8QnZwxGQFu8uO04vdlFTJcRsWdcVtiRiNTs2NUYBFr9TV5fqlz4WNgagLAcaihLtL9cnt3ExXvJW0QJoBeYd-mDe8QVJ3kHHddiLCbZ-S8nnC5-skOQlfw3UdseU/s1600/15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRp4rx1-tcfDY17jy8QnZwxGQFu8uO04vdlFTJcRsWdcVtiRiNTs2NUYBFr9TV5fqlz4WNgagLAcaihLtL9cnt3ExXvJW0QJoBeYd-mDe8QVJ3kHHddiLCbZ-S8nnC5-skOQlfw3UdseU/s1600/15.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijRuYBas9V-Jx7FqanNbq58mgAJ2jppJ4X9S_gW0JaQcaf9m4XJ5rkWmZquNnW8052jRhGzYPigsVPo1wibxIPK9hiuBxUaH1E0XihdkBsdn5F34CFMl_WTyjbIYBVOcbJtbg3gaRyhIU/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijRuYBas9V-Jx7FqanNbq58mgAJ2jppJ4X9S_gW0JaQcaf9m4XJ5rkWmZquNnW8052jRhGzYPigsVPo1wibxIPK9hiuBxUaH1E0XihdkBsdn5F34CFMl_WTyjbIYBVOcbJtbg3gaRyhIU/s1600/16.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxUWpNzP7itk2vnJxn2lmNC-_w1D1i0JJdPuo8kg3ud4u7HBZypOa4fvjywkwzBgLUe-aFWDnQ5BSr16pLV5CnnkofWeoW4OveIFsoot5NDc5yxuB-701tMz-Pk6ojEpBJRR6Fxiqiulc/s1600/17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxUWpNzP7itk2vnJxn2lmNC-_w1D1i0JJdPuo8kg3ud4u7HBZypOa4fvjywkwzBgLUe-aFWDnQ5BSr16pLV5CnnkofWeoW4OveIFsoot5NDc5yxuB-701tMz-Pk6ojEpBJRR6Fxiqiulc/s1600/17.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"E eu compreendi que não podia suportar a ideia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto..."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN84_gbmlRvKhrpVPnOq4OY2DXQe-i93abXxNJ0GuMUBc0p9HFCCicleOwmZevbkL_AsDh5oXhsP8qhaff9GUr8_67CMB4A8OghSyYq_nFJ4yMrElGTyucpoMgPM5pPmRw1ZxQl-iMc1M/s1600/18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN84_gbmlRvKhrpVPnOq4OY2DXQe-i93abXxNJ0GuMUBc0p9HFCCicleOwmZevbkL_AsDh5oXhsP8qhaff9GUr8_67CMB4A8OghSyYq_nFJ4yMrElGTyucpoMgPM5pPmRw1ZxQl-iMc1M/s1600/18.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYMoN8NkHzxoBZRduIxl64eDEXr7_qFiFzzEISKM3Eu7LYGLSgidkAfHCSpqWTLVL_cdr3pJccbL0PGWkJakSSDSMUcJukeO4tV3cpnFZ4Qzznu0RPrq3jIPfywtzC0pDv9YvjqO0Do8U/s1600/19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYMoN8NkHzxoBZRduIxl64eDEXr7_qFiFzzEISKM3Eu7LYGLSgidkAfHCSpqWTLVL_cdr3pJccbL0PGWkJakSSDSMUcJukeO4tV3cpnFZ4Qzznu0RPrq3jIPfywtzC0pDv9YvjqO0Do8U/s1600/19.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="font-family: Arial, sans-serif;">"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças, mas poucas se lembram disso."</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg2iE01Ah6yQoOOz1eP4h7ipGbyCEITEhBnX6yveg2tpCA_gPcg916vK7zXnFydA2gehlsYOAzVn_cMHTHbV38Zjl0OGvcyIpok3a0oLY3YgBgYDQ4hCbRooBKvpAHNEs_KtLS8LmOrtI/s1600/20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><i><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg2iE01Ah6yQoOOz1eP4h7ipGbyCEITEhBnX6yveg2tpCA_gPcg916vK7zXnFydA2gehlsYOAzVn_cMHTHbV38Zjl0OGvcyIpok3a0oLY3YgBgYDQ4hCbRooBKvpAHNEs_KtLS8LmOrtI/s1600/20.jpg" /></i></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br />
</span></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-80867048706804672542012-01-19T15:08:00.000+00:002012-01-19T15:08:43.423+00:00O Fundamentalismo Ateu<div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Uma reflexão sobre o valor das religiões, por Ives Gandra Martins*<o:p></o:p></span></b></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Voltávamos,Francisco Rezeke eu, de uma posse acadêmica em Belo Horizonte, quando ele utilizou a expressão “fundamentalismo ateu” para referir-se ao ataque orquestrado aos valores das grandes religiões que vivemos na atualidade.<o:p></o:p></span></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Lembro-me de conversa telefônica que tive com o meu saudoso e querido amigo Octávio Frias, quando discutíamos um editorial que estava para ser publicado, sobre Encíclica do Papa João Paulo II, do qual discordava quanto a alguns temas. Argumentei que a Encíclica era destinada aos católicos e que quem não o era, não deveria se preocupar. Com sua inteligência, perspicácia e bom senso Frias manteve o editorial, mas acrescentou a observação de que o Papa, embora cuidando de temas universais, dirigia-se, fundamentalmente, aos que tinham a fé cristã.<o:p></o:p></span></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Quando fui sustentar, pela CNBB, perante a Suprema Corte, a inconstitucionalidade da destruição de embriões para fins de pesquisa científica - pois são seres humanos, já que a vida começa na concepção -, antes da sustentação fui hostilizado, a pretexto de que a Igreja Católica seria contrária a Ciência e que iria falar de religião e não de Ciência e de Direito. Fui obrigado a começar a sustentação informando que a Academia de Ciências do Vaticano tinha, na ocasião, 29 Prêmios Nobel, enquanto o Brasil até hoje não tem nenhum, razão pela qual só falaria de Ciência e de Direito. Mostrei todo o apoio emprestado pela Academia às experiências com células tronco adultas, que estavam sendo bem sucedidas, enquanto havia um fracasso absoluto nas experiências com células tronco embrionárias. E, de lá para cá, o sucesso com as experiências, utilizando células tronco adultas, continua cada vez mais espetacular. Já as pesquisas com células embrionárias permanecem no seu estágio “embrionário”.<o:p></o:p></span></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Trago estas reminiscências, de velho advogado provinciano, para demonstrar minha permanente surpresa com todos aqueles que, sem acreditarem em Deus, sentem necessidade de atacar permanentemente os que acreditam nos valores próprios das grandes religiões, que como diz Toynbee,em seu “Estudo da História”, terminaram por conformar as grandes civilizações. Por outro lado, Thomas E. Woods Jr., em seu livro “Como a Igreja Católica construiu a civilização Ocidental” demonstra que, além dos fantásticos avanços na Ciência realizados por sacerdotes cientistas, a Igreja ofereceu ao mundo moderno o seu maior instrumento de cultura e educação, ou seja, a Universidade.<o:p></o:p></span></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Aos que direcionam esta guerra atéia contra aqueles que vivenciam a fé cristã e cumprem seu papel, nas mais variadas atividades, buscando a construção de um mundo melhor, creio que a expressão do ex-juiz da Corte de Haia é adequada. Só não se assemelham aos “fundamentalistas” do Próximo Oriente, porque não há terroristas entre eles.<o:p></o:p></span></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Num Estado, o respeito às crenças e aos valores de todos os segmentos da sociedade é a prova de maturidade democrática, como, aliás, o constituinte colocou, no artigo 3º, inciso IV, da C.F, ao proibir qualquer espécie de discriminação.<o:p></o:p></span></div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><strong><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8.0pt; font-weight: normal; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">* IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, é advogado tributarista, professor e prestigiado jurista brasileiro; acadêmico das: Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Academia Cristã de Letras e Academia de Letras da Faculdade de Direito da USP; Professor Emérito das universidades Mackenzie, CIEE/O, ECEME e Superior de Guerra - ESG; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa da Universidade de Craiova (Romênia) e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal).</span></strong><b><span style="color: #1d1d1d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-12856400031253553482012-01-16T23:29:00.000+00:002012-01-16T23:35:07.821+00:00Poder Judiciário: o bode expiatório do Brasil<div style="text-align: justify;">por: Sebastião Marques</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioinRNk50CAkhSjmb4dVQP3FitvJNsiqOD9HtT_wgFTgjHg8gTDOXuAQI_4y3pcffxDAhyphenhyphenvCAxdX26UXffpg7vmLpvVJrwHAk2grexhuvDXssrD5KP_L56LzEvDu3nT3ZR9hp3551UWhM/s1600/BL-PL-Ilustrando-Not%25C3%25ADcias-Censura-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioinRNk50CAkhSjmb4dVQP3FitvJNsiqOD9HtT_wgFTgjHg8gTDOXuAQI_4y3pcffxDAhyphenhyphenvCAxdX26UXffpg7vmLpvVJrwHAk2grexhuvDXssrD5KP_L56LzEvDu3nT3ZR9hp3551UWhM/s320/BL-PL-Ilustrando-Not%25C3%25ADcias-Censura-01.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não concordo com a opinião de que “magistrados protegem magistrados” e de que o Poder Judiciário é uma caixa preta marcada por lentidão e burocracia. Isso é fruto de ingenuidade e de uma má compreensão desse Poder no Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os processos demoram? Sim. As corregedorias estaduais são lentas? Sim. Mas ninguém pergunta o porquê.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Primeiro: juízes não criam o Direito. Eles o aplicam conforme ele está nas normas. Se a norma torna o processo mais lento, o cidadão precisa entender que isso não se deve só ao Juiz, mas principalmente a quem faz a Lei que o Juiz é obrigado a seguir. No caso, o Congresso Nacional e o Presidente da República. Portanto, o cidadão deve cobrar deles que façam uma lei melhor. Além disso, lembro: se o Juiz tentar ser “alternativo” e não aplicar a lei, os atos praticados serão eivados de nulidade… Ou seja: ou o Juiz aplica a lei (mesmo que seja ruim) ou outro juiz aplicará a lei no lugar dele. Não há escolha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Segundo: os magistrados, servidores e Agentes do Estado têm se esforçado para construir uma Democracia melhor pautada nos princípios constitucionais. Não é politicamente correto dizer isso, mas é verdade: a Democracia é uma forma de exercício de Poder cara e que exige certa morosidade para ser mantida. Os princípios do Devido Processo Legal, do Juiz Natural, do Promotor Natural, da Ampla Defesa e do Contraditório demandam certa estrutura que impede a aplicação imediata e instantânea do Direito. Enfim: para se evitar que o Estado passe como um rolo compressor encima do cidadão e respeite-o, é preciso algumas garantias que diminuem necessariamente o ritmo da marcha processual.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Terceiro: O Poder Judiciário é o Poder mais acessível ao Cidadão. Convido o cidadão que vá a qualquer foro de Justiça, seja Estadual, Federal ou Trabalhista e converse com o Juiz que lá estiver. Se ele não estiver em audiência ou atendendo outra pessoa, é certo que o cidadão poderá conversar livremente com ele. Em contrapartida, convido o cidadão que tente conversar com o Seu Prefeito, Governador, Presidente, Deputado Estadual, Federal ou Senador (fora da época de eleição)…. O Tratamento será bem diferente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quarto: Os casos de corrupção cometidos por magistrados têm sido apurados e julgados conforme a Lei. Há vários exemplos que não citarei porque são casos ainda em andamento. Em geral, os magistrados prezam pela Legalidade e mais ainda, pela prevalência da Probidade nas Instituições de Justiça. Já quando o assunto é a Presidência da República ou o Congresso Nacional, a história é bem diferente…</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quinto: o CNJ foi criado com o propósito do Poder Executivo Federal controlar o Poder Judiciário ainda mais. Observe-se: as prerrogativas exigidas pela Constituição para o exercício do Poder Judiciário são desproporcionais se comparadas aos Poderes Executivo e Legislativo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tivemos um Presidente que mal conhecia as regras básicas da Língua Portuguesa e atualmente temos um Deputado Federal semianalfabeto. Independente do mérito ou demérito que possa haver nisso, a Constituição exige que magistrado passe por um rigoroso curso de formação periódica para que possa exercer sua função…. Observe que esta exigência não é imposta aos outros poderes, mas apenas ao Poder Judiciário. Os demais podem passar todo o mandato sem nunca ter ouvido falar em “Administração Pública” ou “Processo Legislativo”: o arroz com feijão das suas funções.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Poder Executivo e Legislativo têm facilidades para criar cargos e alterar seus vencimentos. Já o Poder Judiciário enfrenta uma odisseia quando o assunto é criar cargos e ajustar os próprios vencimentos, mesmo que tudo esteja dentro dos limites impostos pela Lei Orçamentária, não comprometa o Orçamento Público e os vencimentos pagos pelo Executivo e Legislativo para funções de mesma complexidade sejam notoriamente superiores aos pagos pelo Poder Judiciário. Enfim: na prática é negada autonomia financeira ao Poder Judiciário que deve fazer a mágica de prestar um serviço célere, apesar das leis processuais ruins e da falta de recursos humanos e tecnológicos adequados.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O CNJ perturba o dia-a-dia da Justiça exigindo uma série de relatórios e planilhas que devem ser preenchidas para fins estatísticos… Em plena era da informática isso poderia ser obtido por simples consulta ao sistema, mas optaram por tomar tempo do Magistrado para tal fim. E mais: exigem-se metas, produtividade e etc. Até aí tudo bem, apesar de haver processos complexos que demandam muito tempo e entram para as “estatísticas” com o mesmo peso de um processo de massa, igual e repetitivo… Ora, isso estimula o magistrado a julgar apenas os processos de massa e adiar “os complicados” o quanto puder…</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas aqui há um fato interessante: exige-se do Poder Judiciário eficiência e produtividade, tanto para progredir na carreira, quanto para formar e distribuir seus juízos. Metas e prestação de contas estatísticas fazem parte da rotina. Aqui surge uma pergunta: Mas porque o mesmo não é exigido do Poder Executivo e do Legislativo?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há prazo para sair a Reforma Tributária? Há prazo para se colocar em prática o artigo 13 da Lei Complementar 95/1998? Não, não… Mais uma vez, fica patente a disparidade de tratamento entre os Poderes. O CNJ é a prova disso: não há “CNJs” para o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Logo, pelo princípio Constitucional da Harmonia dos Poderes, ou se exige um “CNJ” para todos os Poderes, ou se extingue o CNJ para o Poder Judiciário.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Dentro do possível, os magistrados têm se esforçado para entregar ao cidadão uma Justiça mais rápida e eficiente, inclusive com ideias criativas e inovadoras, apesar de todo mar burocrático que a Lei impõe.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há falhas? Sim, claro. Um exemplo foi o ocorrido com o Ex Desembargador José Eduardo Carreira Alvim, vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª região. Ele foi humilhado e preso sob a mira de metralhadoras numa cela comum da polícia federal. Nada lhe valeram as garantias Constitucionais da Magistratura e os Princípios Constitucionais do Contraditório e do Devido Processo Legal!! Essa experiência traumática foi registrada pelo ex Desembargador no Livro “Operação Hurricane: um Juiz no Olho do Furacão” <a href="http://www.estantevirtual.com.br/q/j-e-carreira-alvim-operacao-hurricane-um-juiz-no-olho-do-furacao">(leia)</a>. Incrivelmente, esse ato atentatório contra a Democracia e a Magistratura nem sequer chamou a atenção… e fomos forçados a presenciar esse golpe contra o Poder Judiciário. Onde está o CNJ para o caso? Por que o processo ainda está parado no STF? São questões que eu e muitos brasileiros gostaríamos de ver respondidas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enfim, apesar de tudo, dos 3 Poderes da república, o mais sério ainda é o Poder Judiciário.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Evidentemente, é necessário haver algumas mudanças a fim de melhorar a legitimidade e a eficiência de tal Poder, principalmente nos Tribunais Superiores. Mas tudo isso passa pela atuação do Congresso Nacional e da Presidência da República os quais duvido que atuem nesse sentido, pois o sistema atual os garante o controle do Poder Judiciário.</div>Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-88800763914195048622011-10-12T11:54:00.001+01:002012-01-15T10:53:53.081+00:00No dia da Padroeira do Brasil, o Cristo Redentor completa 80 anos!!<p><img title="coleção aguinaldo silva" alt="coleção aguinaldo silva" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia1.jpg" width="432" height="262"> <p>Fonte: Veja on Line <p align="justify">Construir uma estátua com a representação da imagem de Jesus Cristo em um pico de platô pequeno, a 710 metros de altura do chão, sem estrada de rodagem alguma nem água por perto, era um desafio dos mais difíceis na década de 20. Além disso, sua forma criava outras dificuldades: muita gente achava que os braços, abertos e esticados, despencariam com os primeiros ventos — lá em cima eles batem com mais força que no solo urbano e não raro ultrapassam 100 quilômetros por hora. <p align="justify">O concurso para escolher o melhor projeto para o Cristo Redentor havia sido vencido, em 1921, por Heitor da Silva Costa, arquiteto e engenheiro carioca, morador do bairro do Flamengo. Ele passaria os anos seguintes arredondando os desenhos, mandando construir maquetes, fazendo e refazendo cálculos matemáticos e chefiando missões brasileiras a Paris, cidade à qual foram encomendados serviços artísticos do escultor franco-polonês Paul Landowski, autor da cabeça e das mãos da estátua. Somente em 1926, sob a batuta do encarregado das obras, Heitor Levy, a construção seria iniciada. <p align="justify">Esse monumento de 38 metros de altura, fincado no topo do Corcovado, justifica sua presença no rol dos grandes feitos da engenharia. “As duras condições de trabalho e os recursos parcos tornaram mais criativas as soluções técnicas adotadas”, explica o engenheiro baiano Maurício Brayner, autor de um recente estudo sobre o tema, na Fundação Getulio Vargas. <p align="justify">Ele destaca como foi acertada a escolha do concreto armado. O material era uma novidade no estilo art déco e baixou o preço final do empreendimento, que fora inicialmente idealizado em metal, como a Estátua da Liberdade, em Nova York. “Heitor da Silva Costa desistiu por considerar feio o efeito do cobre a longa distância e por temer que em uma guerra o monumento acabasse sendo destruído, com a finalidade de virar peças de artilharia”, acrescenta. <p><img title="arquivo o cruzeiro/em/d.a. press" alt="arquivo o cruzeiro/em/d.a. press" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia2.jpg" width="438" height="253"><em>Maquete de Landowski</em></p> <p align="justify">Silva Costa foi meticuloso. A altura e a posição da estátua, por exemplo, foram definidas com base em observações particulares, ele próprio olhando para o Corcovado de vários locais, incluindo as cidades (na época longínquas) de São Gonçalo e Niterói. O ângulo de visão da Praia de Botafogo foi escolhido como ponto frontal porque dali o monumento aparecia com cerca de 10% da altura do maciço que lhe serve de pedestal natural, o que o engenheiro considerava adequado, numa boa proporção. Além disso, o Redentor seria visualizado de frente pelos visitantes que chegassem, por mar, à Baía de Guanabara. <p align="justify">Na obra, a dificuldade começaria já desde o papel. As plantas necessárias para alinhar o perfil externo do acabamento aos moldes internos do concreto foram feitas por uma equipe de dez desenhistas, “numa extensão de 16 quilômetros, se as respectivas folhas fossem alinhadas uma depois da outra”, como descreveu o próprio Silva Costa à Revista do Clube de Engenharia. Também não era nada fácil o acesso de materiais e de operários ao canteiro. Cimento, areia, brita, vergalhões e milhares de pequeninos triângulos de esteatita (pedra-sabão) eram transportados de trem até perto daquela faixa de terra mais ou menos plana, de 15 metros de diâmetro, no mirante até então chamado de Chapéu do Sol, cume do Morro do Corcovado. Não havia líquido por perto, nem para beber, nem para fazer cimento. Bombeava-se a água de uma fonte num riacho distante 300 metros dali. <p><img alt="" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia4.jpg" width="441" height="255"><em>Desenhos com cálculos matemáticos</em></p> <p><em><br></em> <p align="justify">Para fazer uma base quadrada de 9 metros de lado, foi preciso que na rocha virgem — um gnaisse duro de roer — fosse aberto com dinamite um poço de 4 metros de profundidade. Os vergalhões foram chumbados a mão, e todo o concreto era preparado no local, erguido até as formas previstas nos desenhos por toscas gruas e aplicado manualmente pela equipe do<strong> mestre executor Levy — que se mudou de mala e cuia para o Corcovado e lá viveu por cinco anos, chegando a se converter ao catolicismo (era judeu). </strong>A obra foi realizada em lajes sucessivas e superpostas, doze ao todo, a cada 10 metros, com quatro pilares centrais, processo comum em prédios de hoje, mas uma novidade arriscada nos anos 20. Os pisos são menores perto do topo e os dois últimos pilares estão levemente inclinados para a frente, cerca de 5 graus, sustentando a cabeça de 3,75 metros de altura e 20 toneladas. Ela foi feita de concreto a partir de um molde de gesso que havia sido enviado, recortado em cinquenta partes, por Paul Landowski e remontado peça por peça num sítio, em São Gonçalo, de propriedade do engenheiro Levy. <p><img title="coleção aguinaldo silva" alt="coleção aguinaldo silva" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia5.jpg" width="439" height="260"><em>Cenário das obras no topo da montanha</em></p> <p><em><br></em> <p align="justify">As únicas vigas de aço da obra sustentam as mãos e estão presas no concreto da estrutura dos braços de 29,6 metros de comprimento, a qual não é perfeitamente simétrica — pelo projeto, o esquerdo é 60 centímetros menor, e sua estrutura interna, além de diferente, é mais angulada em direção à mão que no lado oposto. Mas esses são detalhes imperceptíveis a olhos nus e leigos. Na construção, usaram-se inicialmente andaimes de madeira, mas uma ventania afetou a estrutura, trocada então por trilhos de bonde. O Cristo foi realmente feito para suportar qualquer intempérie. A resistência do conjunto inteiro ao empuxo, no caso de ventos em turbilhão, é quase quatro vezes maior do que a que poderia ser normalmente adotada em construções do gênero, edifícios, no caso — especialistas em obras e engenharia costumam afirmar que o Cristo Redentor, por sua estrutura e pelo modo como foi erguido, nada mais é do que um prédio de dez andares. <p><img alt="" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia6.jpg" width="440" height="254"><em>Cabeça do Cristo no sítio de Levy</em></p> <p><em><br></em> <p align="justify">O acabamento com triângulos de pedra-sabão pré-cozida foi escolhido pelas propriedades da esteatita, que não racha, não se dilata e é impermeável. Resistente a ácidos, tem talco em sua composição, o que reduz o efeito do atrito com o vento. Um detalhe: foram equipes de mulheres católicas, e não operários, as responsáveis por colar em folhas, uma a uma, milhares de peças de pedra-sabão, que em seguida seriam aplicadas diretamente no cimento da estátua. <p align="justify">Ao fim e ao cabo, a cidade estava orgulhosa do feito. E seu principal realizador, Silva Costa, ficou todo bobo. “Fomos mais rápidos e mais eficientes que os construtores da Estátua da Liberdade”, costumava comparar, em conversas com os amigos. Argumentava que o Brasil tinha parcos recursos tecnológicos, menos dinheiro que os americanos (todo ele fruto de doações) e que, mesmo assim, o Cristo foi erguido em cinco anos, menos da metade do tempo que levou a obra nova-iorquina. <p align="justify">Tinha também notória satisfação por poder exibir um dado em particular: foram dezenas de arquitetos, outros tantos engenheiros, centenas de colaboradores, mais de 1 000 operários, e nenhum acidente grave registrado. Como por milagre, e as fotos mostram gente se equilibrando a 40 metros do solo, sem capacete, colete ou cinto, ninguém morreu na obra do Cristo. <p><img title="acervo bel noronha" alt="acervo bel noronha" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia7.jpg" width="440" height="254"><em>Na foto ao lado, repara-se que ainda não havia escadas que levassem à base do monumento</em></p> <p><em><br></em> <p><img title="AUGUSTO MALTA/fmis" alt="AUGUSTO MALTA/fmis" src="http://vejario.abril.com.br/imagem/2011/online/03-10-2011/cristo/engenharia8.jpg" width="438" height="253"><em>O clima de festa no dia da inauguração</em> <p align="justify">Na ocasião dessa data, com as bençãos do Arcebispo do Rio de Janeiro, <a href="http://www.peregrinosdecristorei.org/wp-content/uploads/2011/09/Peregrinacao_ao_-Cristo_Redentor.pdf">Dom Orani João Tempesta</a>, no dia 30 de outubro, quando, segundo o calendário Romano em sua forma extraordinária, a Igreja celebra o dia de Cristo Rei do Universo, jovens Católicos de todo o Brasil participarão de uma peregrinação ao Cristo Redentor. Subirão o Corcovado com estandartes e músicas para honrar a Cristo Rei!</p> <p align="justify">A peregrinação se dará nos moldes daquelas que já acontecem anualmente a Chartres, na França, e Luján, na Argentina, com cantos tradicionais, orações, ladainhas e estandartes. E, ao fim, já no santuário do Cristo Redentor, será celebrada a Santa Missa na forma extraordinária do Rito Romano, também conhecida como Missa Tridentina. <p>Visite o site da Peregrinação Nacional ao Cristo Redentor: <a title="http://www.peregrinosdecristorei.org/" href="http://www.peregrinosdecristorei.org/">http://www.peregrinosdecristorei.org/</a></p> Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2100239541263076416.post-40758290442822375682011-10-08T05:29:00.001+01:002012-01-15T10:53:53.082+00:00A teologia "progressista" esvazia as paróquias.<p align="justify"><font size="2"><i><a href="http://lh5.ggpht.com/-pKo124_SNEw/To_Ro30atTI/AAAAAAAABNo/Nhi8K3AT8gI/s1600-h/schorix-large%25255B6%25255D.jpg"><img style="background-image: none; border-bottom: 0px; border-left: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px; padding-top: 0px" title="schorix-large" border="0" alt="schorix-large" src="http://lh6.ggpht.com/-_V81QISi3TI/To_Rr7sDYDI/AAAAAAAABNs/i0oUmWoq670/schorix-large_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="437" height="726"></a></i></font> <p align="justify"><font size="2"><i>Clero casado, anticoncepção, divórcio, aborto, homossexualidade... os episcopalianos aceitam tudo. E, entretanto, não deixam de perder fiéis. O mesmo acontece com outros protestantes "progressistas": luteranos, presbiterianos e unitaristas</i>.</font> <p align="justify"><font size="2"><b>A teologia "progressista" esvazia as paróquias.</b> E a prova mais evidente é a Igreja Episcopal, os anglicanos do EUA, antigamente uma comunidade em crescimento, e agora em um declive tão grave que um terço de suas paróquias fecharão nos próximos cinco anos, segundo um recente relatório do portal anglicano conservador VirtueOnline que analisa os dados oficiais desta igreja.</font> <p align="justify"><b><i><font size="2">A deriva "progressista”</font></i></b> <p align="justify"><font size="2">Os episcopalianos aprovaram tudo o que os "progressistas" exigiam e mais. Mas isso não atraiu fiéis. No século XVI, o anglicanismo aceitou o clero casado. Em 1930, aceitaram a anticoncepção. Em 1976, os episcopalianos aprovaram o clero feminino. Em 1989, ordenou-se a primeira bispa episcopaliana. Em 1994, proibiu toda terapia para deixar a homossexualidade. Em 2000, aceitou-se o sexo fora do matrimônio. Em 2003 ordenaram como bispo a Gene Robinson, um senhor divorciado, com dois filhos, que vivia «maritalmente» com outro homem (este ano 2011 deixou o cargo). Em 2006 o episcopalianismo admitia o matrimônio homossexual. Em 2010 presumia ordenar em Los Anjos uma bispa lésbica. Em 1 de janeiro de 2011 um bispo episcopaliano casava com pompa midiático a duas sacerdotisas lésbicas episcopalianas, uma delas a famosa militante pro-aborto, Katherine Ragsdale. </font> <p align="justify"><font size="2">Nada disso atraiu gente à sua igreja.<b> Nesta deriva liberal, o episcopalianismo perdeu mais de 30 por cento de seus fiéis. </b>Se em 2001 tinham 3,4 milhões de fiéis autodeclarados, em 2009 só eram 2 milhões. Trata-se, sobretudo, de que os velhos morrem e ninguém os substitui, e de que muitos outros deixam de ir à Igreja. Alguns vão para igrejas conservadoras.</font> <p align="justify"><font size="2">As cifras que analisa o relatório do VirtueOnline são ainda mais terminantes. Mede a "assistência média dominical" (o número de fiéis que se podem contar um domingo dado nos serviços religiosos desse dia em cada templo). É um dado muito concreto. Pois bem, em 2010 eram apenas 683.000 os episcopalianos que podiam ser encontrados um domingo em suas igrejas. Em 2009 eram 705.000 e em 2008 eram 727.000. Perdem 20.000 paroquianos praticantes, reais, cada ano. </font> <p align="justify"><b><font size="2">O relatório mostra, por exemplo, que há sete diocese com menos de mil fiéis praticantes reais, e outras sete que não chegam aos 2.000. Não dá para manter a cúria nem o bispo.</font></b> <p align="justify"><font size="2">Uma de cada três paróquias (sobre um total de 6.800) não chega nem aos 40 assistentes dominicais, o qual faz que seja insustentável demográfica e economicamente e fechará antes de cinco anos, segundo o relatório. Além disso há 2.380 paróquias que têm entre 40 e 100 paroquianos dominicais... e terão que fechar devido ao envelhecimento: sua idade média é de sessenta anos. E há outras 1.450 paróquias, com entre 100 e 200 paroquianos de assistência dominical real, que poderiam manter-se se houvesse uma geração jovem de fiéis para sustentá-la, mas isso não se dá. Inclusive há 36 catedrais episcopalianas que não conseguem ver nem duzentos fiéis no domingo. </font> <p align="justify"><font size="2">Os episcopalianos tentam dissimular suas cifras com suas missões no estrangeiro. Por exemplo, no muito pobre Haiti mantêm 99 paróquias com 16.000 fiéis praticantes, que<b> provavelmente não sabem nada de bispas lésbicas.</b> Isso significa que no Haiti há mais "episcopalianos" que somando 14 diocese do EUA (mais que somando Dakota do Norte, Alaska, Montana, Idaho, Utah, Kansas Ocidental, etc...). Em Honduras mantêm 140 comunidades (11.500 fiéis), 58 na República Dominicana (3.000 fiéis), 48 em Porto Rico (2.400 fiéis), etc... Num total, 40.000 fora dos Estados Unidos. </font> <p align="justify"><b><i><font size="2">Cresce o anglicanismo conservador</font></i></b> <p align="justify"><font size="2">As pessoas de tradição anglicana e moral conservadora fartas da deriva liberal do episcopalianismo têm várias opções. Por um lado, em 2008 se criou a Igreja Anglicana da América do Norte (ACNA), com uns cem mil fiéis e quase 700 paróquias. São conservadores em moral, pró-vida e pró-família, de estilo evangélico, fartos da perseguição ao que lhes submetiam desde 1997 as autoridades episcopalianas "progressistas". </font> <p align="justify"><font size="2">Outra opção para os episcopalianos e anglicanos conservadores é somar-se aos "ordinariatos" católicos que o Papa tem proposto e que vão se criar a partir de grupos anglocatólicos, mantendo parte de sua liturgia e costumes.</font> <p align="justify"><b><i><font size="2">"Progressistas" luteranos, presbiterianos e unitaristas... igual</font></i></b> <p align="justify"><font size="2">A aliança de luteranos liberais dos Estados Unidos (a ELCA) permite oficialmente o aborto desde 1991. <b>50% de seus clérigos acreditam que o aborto deve ser legal na maior parte dos casos, 14% pensam que deve ser legal sempre e só 3% acreditam que deve ser ilegal. </b>Nas suas paróquias ia o especialista em abortar casos de seis meses George Tiller, assassinado faz um par de anos. Em 1991 a ELCA tinha 5,2 milhões de paroquianos; em 2009 só ficavam 4,5 milhões de "batizados" e deles apenas 2,5 milhões de "membros ativos".</font> <p align="justify"><font size="2">Os presbiterianos (PCUSA), que no ano 2000 contavam com 2,5 milhões de membros, em 2010 já só tinham 2 milhões. De 2006 a 2009 60 de suas paróquias partiram a outras denominações, enquanto que só 5 comunidades se uniram à PCUSA atraídas por sua deriva liberal. <b>Hoje outras 200 paróquias e comunidades conservadoras pretendem criar a sua própria igreja,</b> desde que este mesmo ano o sínodo presbiteriano decidisse que "as pessoas em relações do mesmo sexo podem ser candidatas à ordenação ou designação como diáconos, anciões ou ministros", sem lhes pedir nenhum compromisso, nem monogamia, nem heterossexualidade nem exclusividade.</font> <p align="justify"><font size="2"><b>A igreja mais liberal dos Estados Unidos é a unitarista (UCC, United Church of Christ), a que assistia Barack Obama </b>até mudar-se a Washington. Segundo o relatório «Clergy Voices 2008», <b>79 por cento dos clérigos unitaristas acreditam que o aborto deve ser legal sempre ou quase sempre, 83 por cento está a favor de entregar meninos em adoção a casais homossexuais e 74 por cento destes eclesiásticos se define como «politicamente liberal»</b> (nos EUA se chama «liberal» ao que na Europa chamamos «progressista»). A UCC, nascida em 1957, conta em Dallas com uma «catedral» dirigida especialmente a homossexuais com 3.500 fiéis. Em 2001, os unitaristas eram 1,3 milhões de norte-americanos; em 2008 só eram 736.000.</font> <p align="justify"><font size="2">E na Inglaterra, o mesmo</font> <p align="justify"><font size="2">No Reino Unido, de 50 milhões de habitantes, apenas 13,4 milhões se declaram anglicanos, e só 1 milhão vai ao serviço dominical. <b>Segundo o relatório «Cost of Conscience» de 2002 que entrevistou a 2.000 clérigos anglicanos só uma de cada três sacerdotisas acredita na maternidade virginal da María, quase a metade nega que Jesus ressuscitou, 30% nega a Trindade e uma de cada quatro não acredita em «Deus Pai Todo-poderoso» nem em «Deus Espírito Santo».</b></font> Rochahttp://www.blogger.com/profile/13887089395561437885noreply@blogger.com0